Os transportadores semi-colectivos de passageiros, vulgo “Chapa 100”, da rota Baixa/Praça dos Combatentes, na capital moçambicana, paralisaram as suas actividades, esta terça-feira (29), nas primeiras horas por não concordarem utilizar o terminal do Anjo Voador, imposto recentemente pelo Conselho Municipal.
Até às 14 horas as viaturas que garantem a deslocação de cidadãos naquela rota estavam parqueadas no Mercado do Compone.De acordo com os chapeiros, primeiro, o novo terminal não oferece espaço suficiente para acomodar frotas de diversas rotas. Segundo, o congestionamento que se verifica na sua rota, sobretudo ao atravessar a Avenida 25 de Setembro, piora a dificuldade de obter a receita do dia estipulada pelos seus patrões.
Os transportadores apontam ainda as cobranças ilícitas feitas pela Polícia Camarária, a falta de paragens fixas e de licenças como outros obstáculos que inviabilizam o seu negócio. Estas e outras inquietações já foram expostas ao Conselho Municipal há muito tempo mas sem resposta. Queixam-se também da existência de muitos postos de controlo ao longo dos 10 quilómetros, da Baixa para a Praça dos Combatentes vice-versa.
Dário Mabui, um dos operadores da rota Baixa/Praça dos Combatentes, disse ao @Verdade que a Polícia Municipal não está preocupada com ordem na via pública, mas sim, com o dinheiro. Por isso, os transportadores decidiram parquear as suas viaturas.
Reação da ATROMAP
A coordenação do sector de rotas da Associação dos Transportadores Rodoviários de Maputo (ATROMAP) reuniu-se com a Polícia Municipal no princípio da tarde desta terça-feira, horas depois da paralisação de actividades na rota em causa. Nenhuma solução imediata houve do encontro em relação às preocupações dos chapeiros.
Entretanto, a Polícia Municipal apelou aos queixosos para que retomassem as actividades com a promessa de que em tempo oportuno as suas inquietações serão resolvidas.