Pelo menos 56 pessoas já morreram numa semana de confrontos entre combatentes rebeldes e membros da minoria curda no nordeste da Síria, disseram os activistas, Terça-feira (22).
Os rebeldes há quase dois anos lutam para derrubar o regime do presidente Bashar al Assad, e os curdos, há décadas reprimidos por Damasco, tentam aproveitar a guerra civil para conquistar autonomia.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que funciona na Grã-Bretanha e compila relatos de activistas na Síria a respeito da violência no país, disse, Terça-feira, que os rebeldes anti-Assad estão a usar tanques e morteiros contra as forças curdas.
Enquanto os rebeldes sufocam as forças governamentais a oeste e ao sul, os curdos, que compõem cerca de 10 por cento da população síria, aproveitam o vácuo para montar escolas e centros culturais em sua língua, além de instituir corpos policiais e milícias armadas.
Mas eles vêem com desconfiança os grupos rebeldes, compostos principalmente por membros da maioria árabe sunita, e com crescente presença de militantes islâmicos.
Terça-feira, os combatentes das Unidades de Defesa do Povo Curdo confrontaram vários grupos rebeldes na cidade de Ras Al Ain, na província de Hasaka (norte da Síria), segundo o Observatório.