O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, pediu, esta Quarta-feira (16), uma prova de vida do presidente Hugo Chávez, que não é visto nem ouvido desde a sua cirurgia contra o cancro em Cuba há cinco semanas.
A assinatura de Chávez apareceu no diário oficial venezuelano, esta Quarta-feira, a decretar a nomeação do seu novo chanceler, embora a publicação tenha erroneamente o colocado em Caracas.
“Se o presidente da República pode assinar decretos, peço a ele que se mostre, que fale à Venezuela”, disse Capriles na sua posse para um novo mandato como governador do Estado de Miranda.
“Ele deve nos dizer tudo o que está a acontecer no governo porque o que temos na Venezuela é desgoverno.”
As autoridades dizem que Chávez, de 58 anos, está a melhorar, apesar do seu estado grave após a quarta cirurgia à qual submeteu-se a 11 de Dezembro por um cancro primeiramente detectado na região pélvica nos meados de 2011.
Muitos venezuelanos suspeitam, porém, que ele possa estar a morrer ou incapaz de voltar à vida activa após 14 anos no comando do país sul-americano de 29 milhões de habitantes.
A aparição da assinatura de Chávez deixou os venezuelanos a perguntarem-se se o presidente havia assinado o decreto a partir do seu quarto de hospital ou se os seus funcionários poderiam ter escaneado uma assinatura antiga.
Os aliados insistem que Chávez permanece no comando e está a dar instruções a partir de Cuba, o que enfurece a oposição, que diz que Havana tornou-se a capital da Venezuela.
Se Chávez renunciar ou morrer, o que levaria o país a convocar eleições, Capriles, de 40 anos, provavelmente concorrerá novamente à Presidência após ser derrotado em Outubro.
Ele enfrentaria uma dura luta contra o sucessor apontado por Chávez, o vice-presidente Nicolás Maduro.