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Polícia sul-africana evita atentado no Congresso do ANC

A polícia sul-africana desbaratou um plano de supostos ativistas africâneres de ultradireita para explodir uma bomba no Congresso do Congresso Nacional Africano (ANC), partido do Governo, e que conta com a presença do presidente sul-africano Jacob Zuma e de dezenas de outras autoridades.

Em nota divulgada na segunda-feira, a polícia disse que quatro homens com idades entre 40 e 50 anos foram presos no domingo. A nota forneceu poucos detalhes, mas Phuti Setati, porta-voz da polícia nacional, disse que o grupo pretendia deixar uma bomba numa das tendas onde decorre desde Domingo o Congresso do ANC, na cidade de Bloemfontein, na região central do país.

O Partido Federal da Liberdade (PFL), grupo minoritário que luta pela autodeterminação da minoria africâner (sul-africanos brancos), confirmou que dois dos detidos eram seus filiados, mas negou envolvimento no complô.

Mais de 4.500 pessoas, inclusive Zuma e dezenas de ministros e empresários, participam do Congresso de cinco dias em Bloemfontein, sob forte policiamento. Os poucos veículos autorizados a entrar no campus universitário onde ocorre o evento são revistados por policiais e cães farejadores. “Esse seria um ato de terrorismo ao qual a África do Sul não pode se sujeitar”, disse Keith Khoza, porta-voz do ANC.

A vasta maioria dos brancos sul-africanos aceitou a vitória eleitoral do CNA em 1994, que encerrou décadas de domínio da minoria branca e levou Nelson Mandela ao poder. No entanto, alguns poucos africâneres continuam se opondo à democratização. Em julho, um ex-conferencista universitário foi declarado culpado por orquestrar um plano, em 2002, para assassinar Mandela, derrubar o ANC e expulsar a maioria negra do país.

A conferência do ANC deve reconduzir Zuma à liderança partidária e – dada a hegemonia do ANC nas urnas – abrir caminho para que ele obtenha um novo mandato presidencial de cinco anos em 2014.

As indicações para os principais cargos partidários devem acontecer esta segunda-feira. O ex-sindicalista Cyril Ramaphosa, hoje o segundo empresário negro mais rico do país, está bem cotado para voltar à política como vice de Zuma.

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