As fronteiras sul, de quatro mil quilómetros de comprimento que a Líbia partilha com o Sudão, o Níger, o Tchad e a Argélia serão encerradas provisoriamente para prevenir o refúgio de grupos armados e refugiados em caso de guerra no Mali, decidiu o Congresso Nacional Geral (CNG), a mais alta autoridade do país.
Esta decisão ocorre 48 horas após a visita do primeiro-ministro líbio, Ali Zidane, a estes quatro países, à frente duma importante delegação, incluindo o ministro da Cooperação Internacional e Negócios Estrangeiros, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o chefe dos Serviços de Informações.
Segundo esta decisão adotada domingo à noite pela maioria dos membros do CNG, ou seja 136 votos, as regiões de Ghadamech, Gatt, Obari, Al-Chati, Sebha, Marzok e Koufra, que se estendem do extremo sudoeste ao extremo sudeste do país, são consideradas como circunscrições regionais reservadas a operações militares e regidas pelo estado de exeção.
O CNG prevê o encerramento provisório das fronteiras com a Argélia, o Níger, o Tchad e o Sudão e elas serão reabertas em coordenação com os países vizinhos.
O ministro da Defesa foi encarregado de designar, em acordo com o CNG, um governador militar e os seus colaboradores para dirigir a região com todos os poderes executivos necessários que lhe permitam deter pessoas procuradas pela justiça e repatriar para os seus países de origem os que tentam passar ilegalmente as fronteiras.