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China condena 20 pessoas por terror e separatismo em Xinjiang

Tribunais da remota e turbulenta província chinesa de Xinjiang condenaram 20 pessoas a até 15 anos de prisão por acusações de terrorismo e separatismo, disse a imprensa estatal, Quinta-feira (2).

Os tribunais das cidades de Urumqi, Kashgar e Aksu, no extremo oeste da China, também imputaram acusações de produção de bombas, promoção do extremismo religioso e conspiração para iniciar uma “guerra santa” islâmica, segundo o site do Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista chinês.

A reportagem não citou a origem étnica dos condenados, mas os seus nomes indicam que são todos uigures, um povo muçulmano de língua túrquica que habita Xinjiang. Muitos uigures queixam-se de restrições impostas pelo governo chinês à sua cultura e religião.

“Uma vasta quantidade de provas mostra que os criminosos acusados realizaram um grande trabalho preparatório no planeamento de actividades terroristas violentas, e estabeleceram uma organização terrorista formal”, disse a reportagem.

“Eles compraram, produziram e copiaram transmissores móveis, discos e publicações que promoviam o separatismo, o extremismo religioso e o terror violento, e os difundiram proactivamente”, acrescentou o texto.

“Alguns membros da organização terrorista fizeram explosivos e realizaram explosões-testes.” A China atribui a violência em Xinjiang, região estrategicamente localizada nas fronteiras com Afeganistão, Paquistão, Índia e Ásia Central, a separatistas islâmicos que estariam interessados em estabelecer um país independente chamado Turquistão Oriental.

A província ocupa um sexto do território chinês, e é rica em petróleo, gás e carvão. Muitas organizações de direitos humanos, no entanto, afirmam que a China exagera a ameaça para justificar o seu controle rigoroso na região.

Dilxat Raxit, porta-voz do Congresso Mundial Uigur, que funciona no exílio, disse que o governo politizou o caso e usou o terrorismo como pretexto para punir uigures que não concordam com o sistema.

“O objectivo é aterrorizar os uigures para que abandonem os seus direitos”, afirmou ele por e-mail.

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