Pelo menos 130 homens, o correspondente a igual número de casos, deram entrada no gabinete de atendimento à mulher e crianças, no período entre Janeiro e Junho últimos, queixando-se de terem sido vítimas de violência doméstica, alegadamente protagonizada pelas suas próprias esposas.
O número de vítimas corresponde a um aumento em 26 casos, quando comparado com igual período anterior, segundo revelou, Sexta-feira (20), Arlete Jamal, chefe do Gabinete de Atendimento à Mulher e Criança Vítimas de Violência Doméstica.
“Apesar de tudo, achamos ser positivo, pois os números constituem um indicativo de que de facto os homens estão a quebrar o silêncio. À semelhança das mulheres, os homens sofrem violência nos lares, entretanto a maioria das vítimas alega ter vergonha de se aproximar dos nossos serviços e/ou denunciar junto das autoridades”, segundo a nossa interlocutora.
Jamal referiu que no período em análise, aquela instituição registou, no geral, um total de 715 casos de violação doméstica.
Os dados revelam uma redução em 37 casos quando comparados aos registados em igual período do ano transacto.
Explicou que do total dos casos registados no período em análise, mais de 500 são classificados de criminais, de acordo reza o artigo 29 da Lei de Violência Doméstica.