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Cassacatiza enfrenta crise alimentar e de água potável

Os habitantes da região de Cassacatiza, que faz fronteira com a Zâmbia, no distrito de Chiúta, província de Tete, estão a enfrentar a escassez de água potável e produtos alimentares, de acordo com os depoimentos dos alguns cidadãos daquela região.

A cidadã Roda Banda começou por afirmar, ao jornal Diário de Moçambique, que “cá em Cassacatiza temos o problema de água. Também não temos comida, porque a produção agrícola resultou negativamente. Para comer, fazemos ginásticas, visto que não temos dinheiro para comprar, por exemplo, o milho”.

Ainda segundo as suas palavras, são poucas as bombas para a captação da água potável, razão pela qual os habitantes de Cassacatiza recorrem aos rios, pese embora saibam o perigo de vida que esta alternativa representa, visto que o precioso líquido não está tratado, para além de que é disputado também por animais selvagens. “Pode causar doenças, como a cólera” — observou a entrevistada, afirmando ainda que “também estamos a passar mal porque o rio que nos socorre localiza-se longe. Estou a falar do rio Nsandzu”.

Zita Radson, outra cidadã, disse que outro problema que se enfrenta naquela região tem a ver com a falta de moagens para a moagem de farinha. Afirmou ter a consciência que os agentes económicos têm os seus problemas financeiros, mas com um pouco de vontade, pode-se encontrar uma solução. Apontou o Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgarmente conhecido por “sete milhões de meticais”, que pode financiar a aquisição de moagens para que as mulheres diminuam o seu sofrimento.

“Não temos comida, sim senhora, mas o pouco que conseguimos, como o milho, precisamos de moer. Com as moagens, acho eu que teremos pouco tempo para a farinação e o resto do dia podemos fazer mais actividades, por isso, é necessário que se encontre uma solução para este problema” — sublinhou a entrevistada.

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