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Livaningo aposta na gestão sustentável do Ambiente

Arrancou, esta Quinta-feira, na cidade de Maputo, um seminário de capacitação dos membros das organizações da sociedade civil, em matéria de gestão e preservação sustentável do meio ambiente, com o objectivo de melhorar as condições sócio-ambientais das comunidades de baixa renda nos bairros do distrito municipal Kamaxaqueni.

O coordenador do projecto de energias renováveis no contexto das mudanças climáticas, Jorge Pedro, disse que a capacitação vai aumentar a capacidade de intervenção das comunidades no concernente à questões ligadas ao abastecimento de água e saneamento urbano e assim como o uso das renováveis, reduzindo o impacto da poluição atmosférica e racionalização de custos.

Pedro, desafia os membros das organizações beneficiárias da capacitação a dinamizarem as campanhas de educação ambiental no seio dos moradores da urbe, de modo a que façam o uso rentável dos resíduos sólidos e uma gestão correcta da água de modo a reduzir o índice de propagação de doenças respiratórias e diarreicas como também a proliferação do lixo e inoperância dos sistemas de esgotos.

Factores estes que atentam contra o nível de esperança de vida, educação e capital humano, pilares traçados no Parpa1 e 2, que apostam na rápida expansão da rede do abastecimento de água nas zonas urbanas e o fácil acesso aos serviços de saneamento do meio, coisa que está longe de ser verdade na capital moçambicana, Maputo, comentou Pedro.

A fonte acrescenta que os projectos têm a duração de cinco anos e estão avaliados em cerca de 200 mil dólares norte-americanos anuais e conta com a parceria de duas ONGs, nomeadamente a VE-Sustanaible Energy da Dinamarca e a NNV uma organização norueguesa designada Amigos do Ambiente.

Por seu turno, Rui Mirira, técnico da Livaningo, conta que a capacitação vai possibilitar com que as organizações da sociedade civil, que desencadeiam acções ambientais, tomem consciência da importância da preservação do meio ambiente, concretamente águas e saneamento do meio e na necessidade de sensibilizar as comunidades urbanas a usarem as energias de biomassas e encontrar de forma conjunta as soluções da degradação ambiental.

Mirira, esta preocupado com as instituições responsáveis pelo ambiente e exorta a todos ambientalistas a obrigarem o governo, a tornar operacional os planos e estudos de impacto ambiental das grandes indústrias a operarem no país, caso da Vale do rio doze, Mozal e entre outras.

Segundo a fonte, esta vai criar condições para que os ambientalistas sensibilizem o governo e a sociedade civil a apostarem numa gestão ambiental sustentável e capaz de permitir a melhoria das condições financeiras da população, assim como criar espaço para os ambientalistas acompanharem na integra a execução do plano do impacto ambiental.

“A questão da inoperância dos esgotos não é somente culpa do governo, a sociedade tem a sua quota culpa, contudo o governo deve criar espaços físicos e capacita-los em matéria de remoção e gestão sustentável dos resíduos sólidos e no uso e tratamento correcto do precioso líquido para o seu próprio benefício”, concluiu Mirira.

Estes projectos vem responder os grandes problemas da urbe, onde as empresas não controlam as emissões atmosfêricas, a baixa qualidade da água abastecida, o não tratamento de efluentes empresariais, a falta de inventário de gestão de resíduos sólidos nas empresas, a inexistência de responsáveis do ambiente nas empresas e cerca de 75% da população não recolhem o lixo e nem conservam os reservatórios de água, sublinha a Livaningo.

De recordar que a Livaningo é uma associação de defesa e conservação do meio ambiente, que vem desencadeando desde a sua criação campanhas de educação ambiental, saneamento urbano e uso racional dos resíduos sólidos e água nos bairros da cidade de Maputo.

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