Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Atentados em Idlib, na Síria, deixam 9 mortos

Nove pessoas, incluindo militares sírios, foram mortas e aproximadamente cem ficaram feridas nesta segunda-feira em explosões perto de edifícios dos órgãos da segurança da Síria na cidade de Idlib, relatou a mídia estatal, num momento em que uma campanha de atentados contra alvos governamentais se intensifica.

Duas explosões, as mais recentes a interromper uma frágil trégua mediada pela ONU, destruíram as fachadas de prédios próximos e deixaram crateras nas ruas, de acordo com imagens da TV estatal que mostraram pessoas no local criticando os rebeldes que lutam para depor o presidente Bashar al-Assad.

A televisão do governo culpou homens-bomba pelas duas detonações na cidade, situada no noroeste sírio.

Um proeminente ativista de direitos humanos disse que os ataques pareciam ter como alvo o quartel-general dos serviços de inteligência da Aeronáutica e do Exército, duas das muitas agências de segurança que têm ajudado a manter a família Assad no pode há quatro décadas.

Falando no grupo Observatório de Direitos Humanos da Síria, sediado na Inglaterra, o ativista calculou em mais de 20 o saldo de mortes.

A Síria proíbe a maioria dos jornalistas independentes de trabalhar no país, o que impede a verificação dessas cifras.

Segundo a mídia estatal, a equipe de monitores das Nações Unidas enviada para supervisionar o cessar-fogo firmado há 18 dias estava visitando a região atacada em Idlib. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdissi, declarou que o chefe da missão de monitoramento, o general norueguês Robert Mood, “estava sendo informado sobre violações por parte da oposição armada”.

MUDANÇA DE ESTRATÉGIA

A mídia oficial divulgou um vídeo mostrando carros esmagados e corpos mutilados, sob lonas. Um homem em meio aos destroços disse: “A minha esposa e eu estávamos a dormir quando houve uma grande explosão. Sacudiu a casa inteira e nos acordou. É essa a liberdade que eles querem? Como os inocentes podem ser culpados?”

A ONU afirma que as forças de segurança já mataram 9 mil pessoas no levante, que começou com manifestações em massa pacíficas inspiradas por rebeliões em outras partes do mundo árabe, mas que rapidamente se transformou em uma guerra de guerrilha sangrenta.

O governo sírio diz que 2.600 homens de suas forças morreram nas mãos dos rebeldes e acusou as Nações Unidas de “dar as costas a ?atos terroristas” cometidos por aqueles que combatem para remover Assad. Embora os rebeldes estejam longe de ser uma força unificada, sua tática parece estar migrando de emboscadas de pequena escala contra postos de controle e patrulhas militares para ataques audaciosos contra a infraestrutura e os símbolos do governo Assad.

Os monitores do cessar-fogo da ONU estão chegando à Síria em conta-gotas – 30 observadores dos 300 previstos estão no país no momento. O general Wood, veterano de missões de paz anteriores no Oriente Médio, reconheceu a enorme tarefa da missão desarmada, mas disse estar confiante em obter progresso.

“Seremos somente 300, mas podemos fazer a diferença”, disse ele aos repórteres em sua chegada à capital síria. “?Trinta observadores desarmadas, mesmo 300 ou mil não podem resolver todos os problemas”.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts