A Síria culpou, esta Quinta-feira, os “terroristas” fabricantes de bombas por uma explosão num prédio que deixou 16 mortos na instável cidade de Hama, onde a hostilidade em relação ao presidente Bashar al-Assad é profunda.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização anti-Assad baseada na Grã-Bretanha, confirmou o número de mortos, mas disse que a causa da explosão na tarde da Quarta-feira não estava clara.
Os Comités de Coordenação Local, um grupo popular de oposição, haviam afirmado anteriormente que um foguete do Exército tinha causado um massacre e estimado o número de mortos no edifício em mais de 50.
Qualquer que seja a origem, a explosão é um novo revés para a trégua de duas semanas apoiada pela Organização das Nações Unidas, que falhou em parar com a violência, apesar de ter reduzido a intensidade do conflito.
Estimativas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos indicam que pelo menos 9 mil pessoas foram mortas em 13 meses de conflito.
O governo sírio diz que os ataques dos terroristas armados mataram mais de 2.600 membros das forças de segurança.
Os monitores das Nações Unidas foram enviados à Síria para confirmar o cessar-fogo mediado pelo enviado especial da ONU e Liga Árabe, Kofi Annan.
Dois deles estão baseados permanentemente em Hama, onde milhares de pessoas foram mortas pelo pai de Assad, Hafez al-Assad, que massacrou um levante de islamistas armados 30 anos atrás.
A televisão estatal mostrou quatro corpos que dizia serem da explosão de Hama, assim como imagens de crianças severamente feridas sendo cuidadas em leitos de hospital improvisados.
O governo sírio impede a maior parte da mídia independente do país, tornando difícil a verificação dos eventos no local.