Preparando-se para realizar eleições em Junho, as autoridades líbias proibiram, esta semana, a formação de partidos baseados na religião, tribos e etnias, disse um porta-voz governamental.
“Os partidos não serão autorizados a basear-se na religião, etnia ou tribo”, disse o porta-voz Mohammed al Harizy, citando a decisão do Conselho Nacional de Transição (CNT, o governo provisório líbio).
Não ficou claro se isso afecta um partido formado em Março pela Irmandade Muçulmana líbia e por outros grupos políticos islâmicos.
O partido da Irmandade é visto como um dos favoritos nas eleições de Junho, as primeiras desde o derrube do dirigente Muammar Khadafi, ano passado. As eleições definirão a composição duma assembleia constituinte.
Grupos islâmicos já tiveram bons resultados nas eleições realizadas nos últimos meses na Tunísia, no Egito e no Marrocos, e têm boas chances de repetir isso na Líbia, um país conservador, onde mesmo antes da queda de Khadafi o consumo de álcool já era proibido.