O Governo moçambicano não vai emitir licenças para novas pesquisas de carvão em Tete, no centro-norte de Moçambique, região onde multinacionais como a Vale e a Rio Tinto iniciaram aquela que está a ser uma das mais desenfreadas corridas mundiais atrás do carvão de coque.
O país tem estado a registar uma grande procura de investidores estrangeiros interessados no sector de mineração de carvão em Tete, região que se crê possuir uma das maiores reservas mundiais de carvão de coque, usado na produção de aço.
De referir que outras tantas empresas interessadas no recurso moçambicano e que ainda não estão activas no país, abriram escritórios na vizinha África do Sul na esperança de obter com toda a rapidez licenciamentos futuros.
“Tete está agora sobrecarregado com projectos de carvão. Queremos agora concentrar-se nas licenças e projectos existentes”, disse Afonso Mabica, citado pela agência de notícias Reuters.
“Se verificarmos que há empresas que não estão a cumprir com as suas obrigações ou a desistir, vamos tomar as suas licenças de volta. Eventualmente, podemos decidir emitir novas licenças”, advertiu.
Os números oficiais mostram que, até ao momento, foram emitidas 112 licenças para 45 empresas nacionais e estrangeiras para operar na província de Tete. A mineradora Vale é a única que começou a exportar carvão.