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Formação no Ensino Superior: qualidade e relevância vão a consulta publica

A qualidade e relevância dos cursos ministrados nas instituições do Ensino superior em Moçambique estão aquém do desejado, razão pela qual o Ministério da Educação inicia, próxima semana, um amplo movimento de auscultação pública em todas as províncias com vista a reformular o currículo de modo a enquadrá-lo nos actuais desafios de desenvolvimento a que o país está virado.

O facto foi tornado público, Quinta-feira, em Maputo, pelos Vice-Ministros da Educação, Arlindo Chilundo e Leda Hugo, por sinal responsáveis pela realização das sessões de consulta pública que terão lugar em todas capitais provinciais, no período compreendido entre 1 de Março e 11 de Abril.

Os encontros vão envolver os Governos locais, instituições de ensino superior, o empresariado formal e não formal, confissões religiosas, sociedade civil, em geral, e demais interessados na qualidade e relevância de ensino superior e profissionalizante, que serão chamados a se pronunciar sobre que perfil do graduado gostariam de ver das instituições do ensino superior, suas habilidades genéricas e o que gostariam/esperam ver do contributo destes na resolução dos problemas básicos do país.

Segundo o “Noticias” de hoje, a falta de resposta dos graduados à altura das exigências do mercado de emprego, em alguns casos a fraca qualidade e relevância da formação oferecida nas instituições de ensino, é a principal motivação que leva o MINED a iniciar com o processo de auscultação que culminará com a reformulação dos curricula ora em curso.

Por não considerarem a qualidade e relevância dos cursos ministrados, alguns graduados, no actual contexto do desenvolvimento socio-económico do país, tem estado a ser rejeitados pelos empregadores.

“Os currículos ou a formação que muitas das nossas instituições vinham ministrando estavam virados para a economia de serviços. Hoje, com o novo rumo de desenvolvimento que o país está a tomar, as coisas mudaram.

A formação está virada para a economia de crescimento, orientada para outras áreas definidas como prioridades para o desenvolvimento do país. Podemos ter quadros formados tecnicamente enquanto essa formação não é relevante para os desafios de momento.

Portanto, não só devemos formar quadros com qualidade, temos que olhar para a questão da relevância dos cursos” – disse Arlindo Chilundo, sendo secundado pela sua colega Leda Hugo, dizendo que, “o que se pretende com a reformulação dos curricula é criar uma sintonia entre empregado e o empregador”.

Em 2005, o país contava com cerca de 20 instituições de ensino superior com 28 mil estudantes. Actualmente os dados apontam para 42 instituições com mais de 108 mil estudantes.

Para Arlindo Chilundo, o crescimento coloca ao MINED o desafio de controlo de qualidade, razão pela qual várias medidas nesse sentido foram tomadas, como a aprovação do decreto de licenciamento e funcionamento das instituições, aprovação do regulamento de inspecção para aferir se as mesmas funcionam dentro dos parâmetros estabelecidos, aprovação do Sistema Nacional de Avaliação, Acreditação e Garantia de Qualidade do Ensino Superior, bem como do Regulamento do Quadro Nacional de Qualificações do Ensino Superior.

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