Cerca de um milhão e meio de meticais acaba de ser aplicado pela organização não governamental Visão Mundial na reabilitação e construção de 16 furos de água potável para camponeses dos povoados de Tetene, Nhantsembene, Pumulene e Bairro 2000, localizados no posto administrativo de Chongoene, distrito do Xai-Xai, em Gaza.
A sua disponibilização está já a encurtar distâncias de cerca de 20 quilómetros que eram percorridos pelos camponeses para o riacho Mui, à busca de água.
“Muitas vezes perdíamos as nossas crianças quando atravessavam a Estrada Nacional Um (EN1) atropeladas por carros, para além da diarreia que sofríamos por beber água imprópria daquele riacho”, contou, visivelmente aliviada, a camponesa Amélia Sitói, da aldeia de Tetene, que está à esquerda da ENI na direcção Sul-Norte.
Escolas
Tal como outras camponesas, Amélia Sitói disse que todos os dias era obrigada a percorrer 20 quilómetros com lata na cabeça à busca de água no riacho Mui.
Justificando a provisão daquelas fontes de água, Graça Zandamela, gestora da Visão Mundial em Chongoene, disse que a acção visa reduzir o sofrimento dos camponeses que percorriam longas distâncias à busca de água, “situação que fazia com que fossem reduzidas as áreas de produção agrícola por falta de tempo”.
Entretanto, mais de 25 salas de aula e casas para directores das escolas primárias de Chongoene foram construídas também pela Visão Mundial, projectando-se para os próximos dias a edificação de uma outra escola para mais de 180 alunos da Escola Primária Emília Dimbane.
Aquela organização projecta ainda construir um centro infantil para menores de um a cinco anos, devendo dispor de um anfiteatro, duas salas de aulas para ensino préescolar, quatro salas de jogos para 25 crianças cada, quatro dormitórios e balneários, entre outros compartimentos.
A construção do centro está orçada em 28 mil dólares norte-americanos.