Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

“Quem não muda é mudado” – disse Itai Meque logo depois da derrota da Frelimo em Quelimane

A graduação dos professores que vinham frequentando o curso no Instituto de Formação de Professores de Quelimane (IFPQ), aconteceu, Sábado, três dias depois das eleições intercalares, que deram vantagem esmagadora ao candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Manuel de Araújo, perante Lourenço Abubacar da Frelimo.

O mundo inteiro falou e Quelimane não podia estar alheio a este facto histórico em que a Frelimo, pela primeira vez, é evacuada do poder local. Basta recordar que, aquando da campanha eleitoral, a máquina do partido no poder esteve toda ela envolvida em ajudar Abubacar.

E uma das pessoas que fez parte desta máquina é o próprio Governador Francisco Itai Meque, que de forma arrojada pediu votos a quem quer que seja, por forma a que o seu candidato vencesse essas eleições intercalares. Mas no próprio dia, viu-se o contrário.

Até na própria mesa onde votou o candidato da Frelimo, não conseguiu ele vencer. E, Sábado, portanto, três dias depois das eleições, já com os resultados anunciados, o Governador Itai Meque, no acto da graduação de professores do IFPQ, quebrou o gelo numa das suas passagens e disse: “Quem não muda é mudado” – estivemos a citar.

Esta afirmação de Itai Meque, fez estremecer a sala, já que as pessoas ainda estavam a digerir os resultados eleitorais. E muitos camaradas ainda têm na mente a dor da derrota averbada no dia 7 de Dezembro. E logo que Itai Meque falou da mudança, muitos resmungaram e foram se questionando de que mudança se referia.

Entretanto, o governador fez estes pronunciamentos numa clara alusão de maus resultados e mau desempenho de alguns responsáveis das escolas. Na mesma ocasião, aquele governante disse que há muitas escolas em que os professores só dão aulas de Terça ate Quinta-feira.

E alguns, quando vão às salas de aulas, só entregaram cadernos para os alunos passarem apontamentos. Porém, tudo isso resulta da falta de supervisão pedagógica, razão pela qual o governador diz não querer ouvir mais esta situação.

Gostaria de voltar a ser professor

Com um semblante menos bom, talvez por causa daquilo que aconteceu a 7 de Dezembro, Itai Meque, fez-se ao pódio para discursar. Mas antes de começar a ler aquelas tantas páginas, disse de viva voz que quando deixar de ser governador, gostaria de voltar a estar em frente dos alunos e escrever com giz num quadro preto.

De acordo com a fonte, ser professor inspira-lhe, visto que é esta profissão que ele escolheu com amor e carinho, transmitindo assim aos recém-graduados a noção de quão é bom ser professor.

Refira-se que todos os graduados deste ano vão ser absorvidos pelo sector de educação na Zambézia.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts