O Consulado Geral de Portugal na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, corre risco de ser despromovido a vice-consulado na sequência de uma reivindicação nesse sentido feita pelo Sindicato dos trabalhadores consulares de Portugal ao ministro dos Negócios Estrangeiros do país.
A informação foi confirmada sexta-feira última em Lisboa pelo secretário-geral do Sindicato dos trabalhadores consulares de Portugal em contacto com a agência Lusa.Desde o ano 2009, quando o país ainda era dirigido pelo então Primeiro-Ministro José Sócrates, o governo português vêem ponderando reduzir as suas representações diplomáticas no estrangeiro, uma medida justificada pela imperiosa necessidade de contenção de despesas públicas, quando se sabe o país enfrenta uma crise financeira sem precedentes.
Desde essa altura, o Consulado Geral de Portugal na cidade da Beira, a segunda maior e mais importante representação diplomática portuguesa em Moçambique, esteve entre a eminência de encerrar ou ser despromovido a vice-consulado, sendo que a segunda proposta irá implicar a redução da sua estrutura e o estatuto do pessoal em serviço, permitindo consequentemente diminuir despesas.
Recentemente, o governo português anunciou o encerramento dos vice-consulados de Frankfurt e Osnabru?ck, na Alemanha, e Clermont-Ferrand, Nantes e o escritório consular de Lille, em França.
Como alternativa a estes encerramentos, o Sindicato dos trabalhadores consulares de Portugal apresentou a passagem a vice-consulados dos postos na Cidade do Cabo (África do Sul), Hamburgo (Alemanha), Benguela (Angola), Belo Horizonte e Salvador (Brasil), Vancouver (Canadá), Sevilha (Espanha), New Bedford (Estados Unidos da América) e Beira (Moçambique).
Durante o fim-de-semana, entretanto, não foi possível o nosso jornal contactar a Cônsul Geral de Portugal na cidade da Beira, a Dra Maria João Lopes Cardoso, para colher a sua reacção em face dessa informação.