O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, afirmou que os índices de novas infecções pelo HIV/SIDA no país começam a reduzir, fruto do esforço que o governo tem estado a levar a cabo na luta contra a doença.
Com efeito, de 500 novas infecções em 2005, a incidência actual estima-se em 350 novas infecções e a epidemia no país dá sinais de entrar numa fase de estabilização e a esperança é de que, rapidamente, se possa ver um declínio considerável desta epidemia.
Guebuza revelou a informação durante as cerimónias centrais alusivas ao Dia Mundial de Luta contra o HIV/ SIDA que, este ano, é assinalado sob o lema “Zero Infecções, Zero Descriminação e Zero Mortes Por HIV/SIDA”, que juntou na capital moçambicana os parceiros de cooperação, membros do governo, da sociedade civil entre outros.
No pacote de medidas que o governo tem estado a levar a cabo na luta contra a doença, o Chefe de Estado destacou a questão do acesso aos anti-retrovirais, alargado a muitos mais moçambicanos.
“Mais de 250 mil moçambicanos estão a receber o tratamento anti-retroviral. Esta cifra representa um crescimento assinalável, se for tomado em conta que 2004 apenas sete mil moçambicanos beneficiavam deste tratamento”, sublinhou Guebuza.
Na ocasião, o presidente deu realce ao facto de cerca de 70 mil mulheres moçambicanas estarem a receber anti-retrovirais para a prevenção da transmissão do vírus da mãe para o filho visando garantir que ela (criança) continue viva.
“Importa destacar ainda o facto de o tratamento antiretroviral pediátrico que era inexistente em 2004 estar a beneficiar cerca de 19.600 crianças”, sublinhou o presidente, apontando que, no mesmo quadro, o aconselhamento e a testagem são agora administrados ao nível comunitário aproximando cada vez mais a provisão de serviços aos locais de residência do povo moçambicano.
Todavia, apesar dos esforços de advocacia que tem sido feito, a doença teima a escolher os jovens e adolescentes como alvo preferencial. Desta feita, segundo o Chefe de Estado, os jovens devem assumir um comportamento responsável todos os dias. Os adolescentes e jovens não podem viver o presente, devem pensar no futuro que é, ao mesmo tempo, o futuro do país.
“Os jovens de hoje estão melhor informados sobre o HIV/SIDA e sobre como ela se transmite do que qualquer outra geração anterior. Devemos todos continuar comprometidos e engajados nas acções de prevenção do HIV/SIDA entre os adolescentes e jovens e entre todos os moçambicanos”, rematou o presidente.
O impacto da pandemia no tecido social humano é de grande vulto, dado que o seu impacto arrasta consigo consequências dramáticas para o seio da família, afectando- a emocional e até materialmente.
Além da perda irreparável de um ente querido, o HIV/SIDA traz a superfície os problemas que derivam da orfandade. Um destes problemas é o que induz a desestruturação da família o elemento fundamental e a base de toda a sociedade.