Cerca de 100 cientistas moçambicanos a soldo da Agência Nacional de Energia Atómica (ANEA) elegeram a gestão energética e protecção radioactiva como sectores onde os seus trabalhos de pesquisa técnico-científica irão incidir, entre 2012 e 2013.
A nível da agricultura, a pesquisa com recurso à energia atómica deverá ser desenvolvida para o melhoramento de solos em regiões com potencial para acolher “importantes projectos agrícolas”, segundo António Leão, ponto focal para os Assuntos Energéticos da ANEA.
Leão acrescentou ainda que na energia a tecnologia será aplicada para melhorar a planificação dos recursos energéticos nacionais, “de forma a que, futuramente, Moçambique possa responder à elevada procura de energia no país e na região da África Austral”.
Entretanto, os projectos desenhados por aquela instituição moçambicana têm já o aval da Agência Internacional de Energia Atómica, segundo ainda António Leão, explicando que a autorização deve-se à confiança daquele organismo da Organização das Nações Unidas (UNIDAS) de que “Moçambique pretende usar energia atómica unicamente para fins pacíficos e acelerar o seu desenvolvimento socioeconómico”.
Refira-se, entretanto, que Moçambique é membro da Agência Internacional de Energia Atómica desde Setembro de 2006. A ANEA tem existência legal desde 2009.