Celebra-se hoje, 1 de Dezembro, o Dia Mundial de Luta Contra o HIV/SIDA, 2011 foi decretado pela Organização das Nações Unidas para o Combate ao SIDA (ONU-SIDA), como o “Ano em que o jogo mudou”.
Segundo a mensagem do Director-Executivo do ONU-SIDA e igualmente Secretário-Geral-Adjunto das Nações Unidas, Michel Sidibé, na história do SIDA chegou-se a um momento em que pode-se afirmar com convicção que a pandemia do SIDA tem um fim à vista. Este ano tem sido um ano de realizações, acções colectivas, determinação e coragem. Não obstante a crise económica e financeira mundiais que têm puxado e retraído à resposta a SIDA aos seus limites, milhões de vidas vêem sendo salvas, a medida que os esforços de tratamento e prevenção do HIV/SIDA continuam a mostrar resultados positivos de uma forma geral.
O Director-Executivo diz na sua missiva que os líderes mundiais fizeram novas promessas ousadas, tangíveis e realistas. Sendo que agora essas promessas têm que ser cumpridas em cada país, cada comunidade e para cada pessoa necessitada, “felizmente os lideres estão afirmando que é possível uma geração livre do SIDA e que nenhuma criança deve nascer com HIV e nenhuma mãe deve morrer de SIDA. O abismo entre o tratamento e a prevenção acabou, agora tratamento é prevenção”, acrescenta.
Lê-se ainda na mensagem de Michel Sidibé que o caminho adiante é claro e podemos avançar em ritmo acelerado com investimentos inteligentes, aproveitando os avanços e as evidencias científicas e respeitando acima de tudo os direitos humanos, o que implica que os líderes mundiais devem financiar completamente a resposta ao SIDA.
A meta do investimento global de 22 a 24 biliões de dólares norte-americanos, é uma responsabilidade compartilhada de todos os países, financiadores e demais.
“Neste 1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra o SIDA, chamo os líderes, as comunidades, os países, as pessoas vivendo com HIV e os jovens para olhar para o futuro e trabalhar por um mundo com Zero novas infecções por HIV, Zero discriminação e Zero mortes devido ao SIDA. Esta é uma Visão Estratégica da Organização das Nações Unidas para o Combate ao SIDA (ONU-SIDA).
Moçambique tem novo coordenador da ONU-SIDA
Foi na tarde desta quarta-feira 30, apresentado o novo coordenado desta agência das Nações Unidas em Moçambique. Raul de Melo Cabral, natural da Guiné-Bissau e que vai tomar as rédeas da ONUSIDA-Moçambique, fez mestrado em Direito Internacional e em Ciências Sociais com especialização em Diplomacia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro no Brasil, trabalhou em vários lugares de África, Europa e América Latina e foi Representante-Residente Adjunto da Guiné-Bissau para as Nações Unidas. A sua carreira nas Nações Unidas iniciou com o Programa Mundial Para Alimentação (PMA), primeiro em Nova-Iorque e depois em Moçambique e na Bolívia.
Raul Cabral disse que a sua instituição vai trabalhar afincadamente juntamente com o governo moçambicano, sociedade civil, associações vocacionadas a prevenção e combate ao SIDA, parceiros internacionais também virados à erradicação da SIDA no Mundo. “Eu acredito que a Estratégia dos Três Zeros é possível aqui em Moçambique, basta que unamos esforços nesse sentido. Devo reconhecer e gratificar o esforço que Moçambique tem feito para combater esta pandemia que ainda continua a desimar muitas pessoas no mundo”, ajunta.
Em Moçambique os índices de novas infecções por HIV/SIDA têm estado a crescer, porém a ONUSIDA desenhou uma estratégia visionária dos três zeros, como é que se justifica que não obstante as mensagens que são feitas nesse sentido ainda continuemos a ter mais pessoas a serem infectadas, Raul Cabral disse que esta há uma semana aqui em Moçambique, portanto, não sabe o que estará na verdade a falhar, “com o tempo, depois de eu conhecer melhor o país, estarei em condições de dizer a que se deve o fracasso das mensagens e campanhas levadas a cabo contra a SIDA”, afirma.
Refira-se que UNAIDS ou simplesmente ONUSIDA é uma parceria inovadora das Nações Unidas que lidera e inspira o mundo no alcance do acesso universal e prevenção, tratamento, atenção e apoio ao HIV.