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Registados mais de 17 mil casos de queimadas descontroladas em Sofala

Pelo menos 17. 198 casos de queimadas descontroladas ocorreram no período de Janeiro a Novembro deste ano em Sofala, segundo dados apresentados pela Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental, durante o decurso do primeiro dia dos trabalhos referentes a 22ª sessão ordinária do Governo, alargada aos administradores distritais.

Os referidos incidentes, de acordo com a directora provincial do pelouro, Ermelinda Xavier Maquenze, citada pelo jornal Diário de Moçambique, representam um aumento do número de casos comparativamente ao igual período do ano passado em que se registaram um total de 10. 302. Este ano, segundo a fonte, os casos de queimadas descontroladas ocorreram um pouco pelos distritos de Sofala, mas os cenários mais gritantes tiveram lugar em Marínguè, Chibabava, Búzi e Gorongosa.

Quando se debruçou sobre os danos advenientes, a directora provincial para a Coordenação da Acção Ambiental não mencionou situações de perdas humanas, culturas, habitações, senão que foram destruídos 18. 573. 84 hectares, com ênfase para Gorongosa com 2. 259. 36 hectares devastados, (2. 177. 28 em Marínguè), (2. 604. 96 no Búzi) e (1. 842. 48 em Chibabava), respectivamente. Quanto às estratégias de mitigação do fenómeno, a interlocutora afirmou que as queimadas frias constituem uma das alternativas viáveis a serem consideradas, na medida em que permitirão uma redução do material vegetativo (biomassa) e da combustão, tendo em conta que o capim no mês que se recomenda a realização dessa actividade (Maio) estará verde.

“Contudo, para que tenhamos resultados positivos, é necessário que as queimadas frias se realizem em Maio e devem estar sob responsabilidade dos líderes comunitários com envolvimento dos membros dos comités de gestão de recursos naturais. Os líderes e os membros teriam como tarefas a identificação das áreas por queimar, bem assim a mobilização e controlo da propagação do fogo, entre outras acções” – explicou Ermelinda Maquenze, para quem a atribuição de prémios aos líderes que conseguirem manter as suas áreas sem queimadas descontroladas seria outra maneira de desmotivação da prática.

Aquela directora provincial afiançou ainda, em relação à mitigação, que outra medida para a desmotivação da prática está na penalização das comunidades que recebem 20 por cento, caso se registe fenómenos do género nas suas áreas de jurisdição, através da retenção dos valores. “A que massificar actividades de geração de rendimento que desencorajam a prática de queimadas, tais como processamento do capim por parte da população para produção do feno e apicultura” – referiu a directora provincial para a Coordenação da Acção Ambiental de Sofala. Entretanto, o governador de Sofala, Carvalho Muária, que presidiu a 22ª sessão ordinária do Governo provincial, corroborou com as medidas de mitigação das queimadas descontroladas, orientando, no entanto, as direcções provinciais para a Coordenação da Acção Ambiental e de Agricultura, a coordenar acções com as administrações distritais na ocupação de jovens no processamento do capim.

“É preciso mobilizar os jovens e outras pessoas no sentido de processarem o capim, pois vai gerar renda para si e para seus familiares” – disse Carvalho Muária. Muária considerou que as queimadas descontroladas constituem uma preocupação do Governo, pois, para além de destruição de habitações, culturas, provocam luto nas famílias, havendo, no entanto, necessidade urgente de sua eliminação.

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