Os 12 moçambicanos tripulantes da embarcação “Vega 5” que sobreviveram a um sequestro por piratas somalis na costa nacional em Dezembro de 2010 ameaçam entrar em greve caso o Governo a empresa Pescamar, sua entidade patronal, não honrem as promessas feitas na altura da sua libertação.
O porta voz dos marinheiros, João Mandava, citado pelo jornal Savana, referiu que cada um dos marinheiros reivindica o pagamento de uma indemnização no valor de 150 mil Meticais, como forma de reparar os danos morais e psicológicos sofridos durante o sequestro assim como a sua integração nos quadros da empresa Pescamar, proprietária da embarcação “Vega 5”.
Segundo Mandava este grupo de marinheiros esgotou todas as possibilidade de negociação pacífica com a proprietária da embarcação. Entretanto os apelos feitos pelo grupo junto às entidades governamentais moçambicanas não tem obtido nenhuma resposta. O porta voz dos marinheiros contou ao jornal Savana que a Pescamar afirma não poder satisfazer as exigências do grupo, que esteve sequestrado, pois a reivindicação não tem enquadramento legal e, por outro lado, durante o período que durou o sequestro, e após o resgate, a empresa desembolsou avultadas somas monetárias.
A direcção da empresa remete o grupo dos marinheiros moçambicanos ao governo do nosso país, alegando que tal como os colegas espanhóis cujo governo assumiu as despesas, o estado moçambicano deverá resolver a questão das indemnizações reivindicadas pelos sobreviventes de “Vega 5”.
Entretanto e, devido ao trauma de regressarem a faina, a Pescamar decidiu desvincular-se dos 12 trabalhadores moçambicanos que estiveram sequestrados, tendo inclusive já entregue a carta de pré aviso da rescisão do contracto de trabalho.