Arrancou, esta terça-feira, na Cidade de Quelimane, a campanha eleitoral rumo às eleições intercalares de 7 de Dezembro. Contudo na segunda-feira os munícipes daquela capital da Zambézia já viveram o ambiente de campanha com muita animação, paredes pintadas e ruas cheias de panfletos.
Nas conversas, cada grupo de munícipes puxa tudo para o seu lado. Uns dizem que a campanha eleitoral é apenas um desperdício de fundos, não poderia existir na óptica destes, porque os munícipes de Quelimane, em particular, sabem o que querem no dia 7 de Dezembro. Mas como a lei manda fazer campanha, ai está a campanha.
Esta segunda-feira, Verónica Macamo, chefe da brigada central para a província da Zambézia, no partido Frelimo, apelou aos munícipes para uma campanha sã e sem violência.
Falando em Micajune, a fonte disse que “a campanha eleitoral deve ser momento de festa e não de guerra” – apelou. Num outro desenvolvimento, aquela membro sénior da Frelimo fez saber que “o seu partido não vai veredar e nunca veredou por actos de vandalismo, dai que vai respeitar o que a lei diz” – frisou.
No encontro, havido Segunda-feira, em Micajune, Macamo apresentou o seu candidato Lourenço Abubacar que, esta Terça-feira, pela primeira vez na sua vida, entra em cena política gritando “vote-me, vote-me e eu darei isto mais aquilo”.
Por seu turno, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), concretamente o seu candidato, recebeu um grupo de jovens portadores de deficiência auditiva, que procuraram o candidato para manifestarem o seu descontentamento por aquilo que são votados.
Aquele grupo apontou a falta de oportunidades de emprego e inserção social, assim como o abuso sexual de que muitas raparigas são vítimas.
Candidato responde sem grandes promessas
Depois de ouvir estas lamentações, todas apresentadas por aquele grupo de pessoas com deficiência, o candidato do MDM, Manuel de Araújo, disse não ter nada a dar neste momento, mas assegurou que caso vença as eleições de Dezembro próximo, aquele grupo será um dos que vão merecer atenções na sua governação.
Um dia antes da campanha
A Frelimo, na sua máxima forca, chamou alguns munícipes para estarem naquela frondosa árvore, mesmo ao lado da Avenida Marginal a fim de evocar os antepassados para assegurarem que o Lourenço Abubacar vença as eleições.
Até algumas regras da religião em que o candidato professa foram quebradas. Houve muito álcool e o candidato não aguentou ficar de cócoras.
Sabe-se que a Frelimo vai abrir, ou seja, vai lançar a sua campanha eleitoral no bairro cabeça, não muito longe da urbe. Enquanto que o MDM, conforme um documento em poder do Diário da Zambézia, fará o mesmo acto no campo dos 11 irmãos, em Sangariveira, por volta das 9h, com a presença do presidente do partido, Daviz Simango e outros quadros do seu partido.