A produção anual de sementes de algodão moçambicano destinado à produção de óleo alimentar deverá atingir cerca de 80 mil toneladas/ano, em 2019, segundo projecções do Instituto do Algodão de Moçambique (IAM), acrescentando que o volume representa um incremento de 50 mil toneladas/ ano, contra a actual capacidade de 30 mil toneladas conseguida no país.
O actual volume de produção de sementes de algodão é considerado “muito baixo” e tal facto deve-se “ao fraco crescimento do sector de algodão no país”, de acordo ainda com aquele departamento do Ministério da Agricultura (MINAG). Entretanto, o IAM projecta uma taxa de crescimento anual da produção de algodão em 10%, em 2019, volume capaz de garantir a utilização de cerca de 200 mil toneladas da capacidade de descaroçamento instalada em 27 fábricas de fomento daquela actividade, das quais apenas nove estão em pleno funcionamento.
Em termos de receitas da venda de semente de algodão para fins industriais, Moçambique prevê encaixar cerca de 71,7 milhões de dólares norteamericanos no período em análise, permitindo a transformação deste subsector numa “indústria vigorosa e rentável”, salienta ainda o IAM, no seu relatório sobre o Programa de Revitalização da Cadeia de Valor do Algodão no país.
No geral, a produção total do algodão-caroço em 2019 deverá atingir 155,9 mil toneladas, contra o actual volume de cerca de 70 mil toneladas registadas na campanha agrícola de 2010/11, segundo ainda o Instituto do Algodão de Moçambique, acrescentando que o país espera arrecadar em receitas de exportação do produto para os mercados da Ásia, Europa, América e África o correspondente a cerca de 538,4 milhões de dólares norte-americanos.
Refira-se que o Programa de Revitalização da Cadeia de Valor do Algodão está avaliado em pouco mais de 65 milhões de dólares norte-americanos.