Estudantes que seguem os cursos ministrados pelo ministério de Saúde no Instituto de Ciências de Saúde de Quelimane, concretamente localizado no 5º bairro, Namuinho, vulgo Japão, estão privados de passarem refeições. O facto prende-se com a falta de abastecimento de água naquele estabelecimento de ensino do MISAU ao nível da província.
Segundo o jornal Diário da Zambézia, o ICSQ é o maior ao nível da província da Zambézia e forma estudantes em várias áreas. Entretanto devido ao corte de energia anunciado pela Electricidade de Moçambique, a situação agravou-se, porque também a empresa fornecedora de água na cidade já havia anunciado para que se fizessem reservas de água. Sabendo-se da localização geográfica do ICSQ, a situação complicou-se. O reservatório que lá existe secou e o resultado foi este.
Os cursantes ficaram sem pequeno-almoço habitual que tem sido um pão e chá, mas desta vez, receberam apenas o pão nas mãos sem o respectivo chá por esta falta de água. Pensando-se que a situação iria ser resolvida, eis que na hora do almoço, como tem sido hábito, os estudantes em massa foram ao refeitório para terem a sua refeição. Também nada. Foi-lhes dito que não haveria almoço por falta de água. Os que recebem aulas ou estágio nas diversas unidades sanitárias regressam com estômago aberto, pensando que haviam de satisfazer o corpo já que o pequeno-almoço não foi grande coisa, mas também nada. Não houve nem banho porque água foi rara no “Japão”.
Administrador tenta minimizar
Num contacto telefónico que tivemos com o administrador, Correia Manuel Jamal, do ICSQ, esta segunda-feira por volta 14h40min, este primeiro tentou minimizar o problema alegando que a cidade toda esta com o mesmo problema e eles não eram excepção. Mas quando perguntamos a ele se como administrador se houve pequeno almoço como tem sido hábito, este disse que de facto os estudantes tiveram apenas o pão, e “como não há(via) água, então não podíamos fazer nada”-disse Correia Jamal. Num outro passo quando indagamos sobre a falta do almoço, este disse que também estão a tratar do caso e que a esta hora que entramos em contacto com ele, estava nas instalações do FIPAG tentando resolver a questão.
E conforme a fonte, a solução passa em levar 5 mil litros daquele precioso líquido num tanque para abastecer o centro internado do ICSQ. “O almoço vai demorar, mas haverá. Por isso estou aqui a tratar do assunto de água”-rematou. Entretanto Os 5 mil litros de água que o administrador do “Japão” diz estar a levar ou ter levado ontem, podem não terem satisfeito em nada em termos de exigências do lar, visto que conforme dados, o ICSQ gasta em média 5mil litros por dia, já que passam por ali pouco mais de 600 estudantes sendo 400 internos e mais de 200 externos, todos estes usam água.
Os que vivem no internato, então gastam mais. Refira-se que esta não é única crise que abala o vulgo Japão. Quantas vezes vimos estudantes a serem transportados em camiões sem o mínimo de cuidado? Os que lá vivem dizem que o prato principal é arroz ou chima com feijão.