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Moçambique sem projectos concretos na área de energias renováveis

A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) só irá começar a libertar os seus fundos para financiar vários projectos da área de energias renováveis a partir de 2013, alegadamente, porque Moçambique ainda não possui nenhum projecto concreto já elaborado e à espera de financiamento.

A afirmação é de Emmanuel Haye, chefe de projectos da AFD, destacando que “Moçambique tem apenas potencial e não projectos concretos à espera de financiamento”.

A constatação foi feita por um estudo realizado entre os meses de Março e Agosto de 2011, pela empresa de consultoria Verde Azul que concluiu que Moçambique dispõe de uma gama elevada de potencialidades para desenvolver projectos de energias renováveis, “mas falta o regulamento específico da estratégia sobre biocombustíveis, pois seria este instrumento que serviria de atractivo para o investimento privado para a área de energias renováveis”, clarifica o estudo.

Esta constatação levou Haye a dizer que informações disponíveis indicam que o Governo só agora “está a elaborar o Atlas sobre locais com potencialidades que garantam a elaboração de projectos para a área de energias renováveis, trabalho que só poderá ser concluído até 2013”. Energia hídrica Entretanto, o referido estudo identificou a energia hídrica como área com um potencial de cerca de 60 projectos de aproveitamento deste recurso e com financiamento a ser garantido pela Agência Francesa de Desenvolvimento.

Haye falava ao jornal Correio da manhã à margem dos trabalhos de um seminário de apresentação do estudo de viabilidade de uma linha de crédito dedicada ao financiamento de investimentos relativos à energia e ambiente, eficiência energética, protecção ambiental e redução da poluição que as empresas realizam em Moçambique. O seminário foi co-organizado pelo Banco de Moçambique (BM) e Agência Francesa de Desenvolvimento.

Foram gastos cerca de 50 mil euros durante o estudo disponibilizados pela AFD e contou com apoio técnico do Banco de Moçambique (BM) na avaliação das potencialidades para desenvolvimento de projectos de energias renováveis. Os financiadores do estudo esperam que o mesmo traga uma gama de informações para o desenvolvimento sustentável de Moçambique para as diferentes instituições, ministérios, empresas, bancos, entre outras e irá permitir à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) estudar a possibilidade de instalar uma linha de crédito, através de bancos comerciais locais.

A multiplicidade dos recursos naturais e a biodiversidade em Moçambique mostram um potencial para “um crescimento futuro em vários sectores como os da energia, minas e do turismo”. Estima-se, entretanto, que o custo da degradação do ambiente representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB).

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