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Áreas para pastagem de gado reduzem em Ulonguè

A extensão de terras para a pastagem de gado está a reduzir em Ulonguè, no distrito de Angónia, na província central de Tete, em Moçambique, advertiu segunda-feira, o director da faculdade de ciências agrárias da Universidade do Zambeze (UNIZAMBEZE), Pedro Chume.

Segundo Chume, este fenómeno não é exclusivo àquela região, pois também afecta outras partes do país. Naquela região, explicou Chume, existe uma tendência de considerar as terras para pastagem como áreas abandonadas, razão pela qual as comunidades utilizam-nas para outras actividades, particularmente a agricultura, colocando em causa a actividade pecuária.

Para o director da faculdade, as consequências desta situação são drásticas, uma vez que afecta negativamente a reprodução animal devido a falta de alimentação.

Esta situação exige um esforço financeiro para a produção de suplementos alimentares, condições que, na maioria dos casos, estão aquém dos produtores familiares.

“Existe uma pressão muito grande entre as zonas de pasto e a actividade agrícola porque quando se vê uma zona de pasto considera-se uma área abandonada e as comunidades utilizam para a agricultura. Esta situação resulta na redução das zonas de pasto e, como consequência, traduz-se numa redução do efectivo do gado. Por isso, somos obrigados a mudar o método tradicional de pasto. É preciso avançar para outras técnicas para garantir a alimentação dos animais, tais como suplementos o que acarreta mais custos” explicou.

Segundo o docente e médico veterinário, Nelson Maricoa, existem alternativas para fazer face a estas dificuldades, que consistem na produção de suplementos alimentares, tais como feno, uma prática simples que pode ser facilmente utilizada pelos camponeses.

“Porque há tendência de escassez de pasto nos campos, nós produzimos suplementos alimentares para alimentar os animais no curral. Estas alternativas podem ser utilizadas pelos agricultores familiares e estamos a transmitir esta informação durante os trabalhos de campo que realizamos no seio das comunidades” disse.

Maricoa acrescentou “o feno é composto por capim seco retirado do campo e que é armazenado”. Inácio Mateus, estudante do 2º ano explicou que o capim é colhido no campo com 25 por cento de floração e conserva-se em montes (meda de feno) ou fardos, em ambientes seco e/ou húmido.

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