A cidade de Chimoio, capital da província de Manica, Centro de Moçambique, corre o risco de ficar às escuras em consequência da vandalização de materiais eléctricos naquela urbe.
O roubo e vandlização de materiais eléctricos constitui uma das maiores preocupações da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM), mas, nos últimos dias, o problema tende a agudizar-se mais na região centro do país.
Segundo escreve o “Diário de Moçambique”, depois do recente derrube de oito postes de transporte de energia, esta semana, desconhecidos deitaram abaixo mais quatro postos na mesma linha, a ligação Mavúzi-Chimoio.
Receia-se que a cidade de Chimoio e arredores venham ficar às escuras caso ocorra uma avaria na linha principal de fornecimento de energia, devido aos estragos causados na linha alternativa, que parte de Mavúzi até Chimoio.
Geralmente, as pessoas derrubam postos de madeira e de betão para alcançar as linhas de transporte de energia, das quais extraem o cobre para fins pessoais.
A empresa pública EDM afirma que o problema é mais grave no Centro do país, onde os prejuízos chegam a alcançar 30 milhões de meticais (cerca de um milhão de dólares americanos).
“Em média, nos últimos cinco anos, estamos a ter prejuízos de 40 a 50 milhões de meticais. São 300 milhões de meticais de danos directos nos últimos quatro a cinco anos”, disse o administrador da EDM para a área de Produção e Transporte, Augusto de Sousa Fernandes.
Mas esse problema não só afecta Moçambique, sendo também uma preocupação nos países vizinhos, nomeadamente na África do Sul e Zimbabwe. Por isso mesmo, Fernandes defende ser também necessário encetar esforços externos para travar o fenómeno.
“Temos a nossa rede a funcionar como deve ser, mas o grande problema neste momento são os actos de vandalismo. Sobretudo aqui na região Centro, embora tenhamos um bocado em todo o país, a situação está grave”, acrescentou a fonte.