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Sector da energia reduz emissões de poluentes

A redução do número de centrais térmicas como resultado da expansão da rede eléctrica nacional reduziu, consideravelmente, o nível das emissões de dióxido de carbono em Moçambique nos últimos anos, revelam dados do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA).

Falando, Terça-feira, em Maputo, durante um seminário sobre mudanças climáticas, a ponto focal para as Mudanças Climáticas no MICOA, Telma Manjate, disse que este sector é o único cujas emissões têm estado a reduzir desde 1990.

“O sector da Energia está a reduzir as emissões e isso deve-se ao facto de estarem a ser desactivadas as centrais térmicas em consequência da expansão da rede de energia de Cahora Bassa (HCB) que é limpa”, disse ela, analisando os dados de 1990, 1994 e 2000.

Dados apresentados na ocasião indicam que as emissões do sector da energia reduziram de 2.450 toneladas em 1990 para 1.844 em 1994. Já em 2000, a quantidade de emissões havia reduzido ainda mais, para 1.403 toneladas.

Contudo, esta tendência pode inverter- se com a construção de novas centrais térmicas projectadas pelas companhias mineiras Vale e Riversdale, ambas com concessões de minas de carvão na província central de Tete.

“Poderão aumentar as emissões”, admitiu Manjate, quando questionada pela AIM sobre o impacto dos referidos projectos. “Não sei para esse caso específico, mas existe a possibilidade de se usar alguma tecnologia que possa ajudar na redução das emissões”, acrescentou.

Entretanto, o MICOA considera que, nesta fase, a preocupação de Moçambique não é a redução das emissões, mas sim garantir que as medidas de adaptação não prejudiquem a economia do país.

“Do princípio, não há nenhuma obrigação para a redução das emissões, mas a adopção de algumas medidas de adaptação, se houver, por via de uso de uma tecnologia para a redução das emissões”, disse Manjate.

Os dados sobre as emissões de dióxido de carbono no mundo inteiro indicam uma tendência crescente, tendo passado de 8.625,82 toneladas em 1990, 15.906 em 1994 e 215.773,45 em 2000.

Segundo o MICOA, o sector mais poluidor é o dos transportes, cujas emissões têm estado a aumentar de forma crescente devido ao crescimento acentuado da frota automóvel em todo o país.

Telma Manjate considera que o uso de viaturas movidas a gás natural, em substituição do diesel e gasolina, poderá contribuir para a redução das emissões deste sector. Infelizmente, apesar de Moçambique ser produtor de gás natural o nível da sua utilização em viaturas ainda é muito limitado.

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