Pouco mais de 15 mil pessoas do distrito de Funhalouro, em Inhambane, vivem uma “aguda” falta de água potável, segundo o governador daquela província meridional, Agostinho Trinta, porque não chove naquela região desde o início de 2011.
O governador de Inhambane acrescentou, em entrevista ao Correio da manhã, que cerca de 40 milhões de meticais deverão ser aplicados até finais de 2011 na construção de, pelo menos, dois lagos artificiais “para minimizar o sofrimento da população de Funhalouro”.
O programa vai permitir que a partir de 2012 “pelo menos a população da vila-sede do distrito tenha acesso regular à água potável durante 24 horas por dia”.
A escassez de água potável é considerada por aquele dirigente como uma das razões para o “lento desenvolvimento socioeconómico que se regista naquela região”, apontando ainda casos de conflitos entre habitantes e animais bravios, por causa da falta deste recurso, “como fenómenos comuns na região”.
Em várias regiões de Funhalouro, “o cenário que se assiste é também de um autêntico deserto devido à rigidez da terra”, referiu o governador de Inhambane.
Dados, entretanto, do Ministério da Coordenação para a Acção Ambiental (MICOA) apontam Funhalouro como parte dos 25 distritos moçambicanos ciclicamente afectados pela seca e em vias de desertificação devido ao impacto negativo das mudanças climáticas.