Em Moçambique e no resto dos países da África Sub-sahariana, o crescimento da economia deverá reduzir em menos 30 pontos-base, para 5,2%, em 2011 e 2012, de acordo com projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) que acaba de rever em baixa a previsão do crescimento económico mundial para o mesmo período.
Nas novas previsões, o FMI estima que o crescimento económico mundial será de 4%, contra anteriores projecções suas de 4,5%, em 2011 e 2012, situação justificada pela persistência de desequilíbrios nas economias mais desenvolvidas e pela crescente volatilidade nos mercados financeiros, no contexto da crise da dívida que a Europa e os Estados Unidos da América (EUA) atravessam.
As novas previsões daquela instituição financeira mundial indicam que as economias de mercados emergentes poderão crescer em 6,4%, contra 1,6% para as economias mais desenvolvidas, podendo registar a África Sub-Sahariana um crescimento de 5,2%, em 2011, menos 30 pontosbase relativamente ao prognóstico anterior do FMI.
Refira-se, entretanto, que o Governo moçambicano fixou em torno de 7,5% o crescimento da economia moçambicana e inflação de 7,2%, em 2012.
Inflação
No que respeita, entretanto, à inflação, o FMI indica que informação recente referente às economias avançadas mostra um comportamento misto da mesma, em Agosto de 2011, com agravamentos de 20 pontos-base nos EUA, para 3,8%, e de 30 pontosbase no Reino Unido, para 5,5%, enquanto no Japão se manteve em 0,2% e na zona do Euro reduziu dois pontosbase, para 2,5%, tendo, no entanto, acelerado para 3% em Setembro de 2011.
Finalmente, o FMI aponta a crise da dívida soberana na Europa como tendo fortalecido a cotação do Dólar dos Estados Unidos da América que recuperou consideravelmente das perdas anuais registadas até Agosto de 2011, face ao Euro em 11,8% e à Libra Esterlina em 5,6%, ao mesmo tempo que reduziu as perdas perante o Yen para 7,7%.