As campanhas eram idênticas: 17 pontos em oito partidas, sendo cinco vitórias, dois empates e uma derrota, com 14 golos marcados e sete sofridos. Isso até o Lyon conhecer o talento de Javier Pastore, adorado pela claque do PSG, que marcou aos 25 do segundo tempo e abriu o caminho para a vitória por 2 a 0 e a liderança do Campeonato Francês dos anfitriões.
No intervalo da partida, Nenê e Pastore ouviram críticas do técnico Antoine Kombouaré de que estavam abusando do individualismo. O primeiro golo do PSG, no entanto, saiu exatamente na jogada em que o remate era a conclusão menos provável da jogada. Aumentando a vantagem perto do apito final, com Jallet, o PSG isolou-se na frente, com 20 pontos conquistados.
O próximo adversário é o Ajaccio, enquanto o Lyon tem pela frente o Nancy, dentro do Stade de Gerland. Os primeiros dez minutos de bola rolando foram muito equilibrados. Isso não quer dizer que o duelo dos líderes foi morno, pelo contrário. Ambos faziam de tudo para avançar e agredir o adversário, com destaque especial para os laterais esquerdos Tiéné, do PSG, e Cissokho, do Lyon. Depois de uma oportunidade desperdiçada por Menéz, com defesa segura de Lloris, o Lyon tomou a iniciativa e passou a atacar enquanto o PSG se reduziu a defender e só tentar alguma coisa no erro dos visitantes.
O grande problema do Lyon eram seus próprios erros. Aos 19, Pastore dominou na intermediária e avançou com velocidade. Na hora do cruzamento, jogou alto demais e Gameiro não alcançou. No lance seguinte, foi a vez do próprio atacante tocar curto e ver o PSG contra-atacando com eficiência, mas batendo nas mãos de Lloris. Fluindo rápido, o primeiro tempo ainda teve momentos de emoção dos dois lados.
Aos 11, Menéz recebeu na entrada da área e obrigou o guarda-redes do Lyon a realizar uma grande defesa. Nesse momento da partida, começaram os duelos diretos. Lugano e Gomis de um lado, Kallstrom e Pastore de outro. O argentino, no entanto, abusava do individualismo e o PSG não conseguia evoluir. A tônica do primeiro tempo, que foi de domínio do Lyon, mas com as melhores oportunidades criadas pelo PSG, repetiu-se na segunda etapa quando, logo aos cinco minutos, Michel Bastos fez boa jogada pelo canto esquerdo, mas não acertou o cruzamento e perdeu a chance de abrir o placar.
No momento em que a dupla da equipa sensação do futebol francês resolveu colocar a bola no chão e jogar futebol “de líder”, a defesa do Lyon não conseguiu suportar. Pastore e Nenê passaram a trocar passes na intenção de furar a defesa dos visitantes. A receita demorou a funcionar, mas funcionou.
Se no primeiro tempo Pastore ouviu a reclamação de estar abusando do individualismo, na segunda etapa foi justamente esse o motivo do golo do PSG. O argentino dominou pela esquerda do ataque e, ao invés de tocar no meio da área, bateu na saída de Lloris e fez o golo dos anfitriões, aos 25 do segundo tempo. Aos 45, o PSG confirmaria a boa toada e, aproveitando-se de um erro de marcação de Cissokho, Jallet concluiu na segunda trave e deu números finais ao marcador.