Cerca de 1400 mil trabalhadores é o total de pessoas a cair no desemprego no período que vai da introdução do Programa de Reabilitação Económica (PRE) em meados da década de 80 do Sec XX até ao fim de 2011.
Estes são os cálculos da Central Sindical da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-CS), revelados esta quinta-feira pelo presidente daquela agremiação, Amós Matsinhe.
Segundo Matsinhe, actualmente estão no mercado de emprego formal escassos 700 mil assalariados, contra os cerca de 2,1 milhões aquando do início das privatizações no âmbito do PRES, introduzido em 1987.
Matsinhe disse que mesmo os esforços do Governo visando atrair mais investimento externo não estão a surtir os efeitos desejados, porque “verificamos apenas uma maior presença de megaprojectos que não têm vindo a absorver e/ou aumentar o número de trabalhadores nos seus empreendimentos”.
Amós Matsinhe falava esta quinta-feira, no Maputo, à margem de uma cerimónia de lançamento da pesquisa para elaboração do Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano 2012 por peritos a soldo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A pesquisa tem como tema principal Emprego e Trabalho Digno e deverá conter cinco capítulos, designadamente, Desenvolvimento Humano e Emprego, Emprego e Recursos no Meio Rural, Promoção de Emprego nas Zonas Urbanas, Segurança Alimentar e Investimento no Capital Humano.