Cerca de sete milhões de euros estão a ser disponibilizados pela Itália para importação, pelo sector empresarial privado moçambicano, de equipamentos agroindustriais e de transporte de produtos alimentares dos centros de produção para os de comercialização.
A sua importação deverá ser concluída até finais do corrente ano de 2011 para serem usados nas operações de produção e processamento de cereais, peixe e frango inseridas no desenvolvimento do chamado Plano de Acção de Produção de Alimentos 2008/2011, do Governo, que na campanha agrícola 2010/ 2011 deverá consumir cerca de 3,7 mil milhões de meticais em investimento público.
Este programa está a ser financiado por fundos adicionais do Banco Africano de Desenvolvinento (BAD), Banco Mundial (BIRD), China, Japão, Índia e União Europeia, que já se prontificaram a “disponibilizar recursos adicionais para atender à crise alimentar que afecta Moçambique”, resultante da alta de preços no mercado externo ditada pela crise financeira mundial, segundo o Executivo moçambicano.
As linhas de financiamento para o sector privado é feito ainda por crédito ou microcrédito do sistema financeiro com limitações em termos de acesso e taxas de juro, bem como através da Iniciativa de Desenvolvimento de Empresas de Agro-Indústria (IDEA), orçada em cerca de 500 milhões de meticais que estão a ser libertos em tranches desde o início de 2009 pelos Ministérios da Indústria e Comércio (MIC) e da Agricultura (MINAG) e ainda pela Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Prioridades & objectivos
Prioritariamente, o financiamento do Plano de Produção de Alimentos 2008/2011 estabelece a alocação de fundos para distritos, paralelamente às acções de mobilização da classe empresarial nacional, sobretudo, dos sectores financeiro, agro-industrial e comercial para aderirem ao programa.
Em termos de objectivos, o Governo justifica a sua concepção dizendo que visa eliminar o défice que se regista nos principais produtos alimentares e reduzir a dependência em relalção às importações nas próximas três campanhas agrícolas (2008- 2011), através do aumento da produção por via de aumento de produtividade e das áreas de cultivo de milho, arroz, trigo, mandioca, óleo alimentar, frango e peixe.