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Universidade Pdagógica reflecte contributo dado por Samora Machel ao sector de Educação

A Universidade Pedagógica, Delegação de Nampula, está, desde finais de Agosto, a promover um ciclo de palestras mensais de reflexão sobre a Vida e Obra de Samora Machel, dando enfoque ao seu contributo na educação.

Numa iniciativa enquadrada nas celebrações do ano dedicado ao proclamador do Estado moçambicano e cuja participação, além de envolver estudantes e docentes da instituição, está aberta para todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados e segmentos da sociedade civil interessados.

O “pontapé de saída” dos debates coube a Guilherme Pedro Kulyumba, Mestrado em Ciências Pedagógicas, que se debruçou sobre o tema Vida e Obra de Samora Moisés Machel: o contributo na educação, vincando o espírito nacionalista, patriota e revolucionário do admirável estadista, cujos ideais ainda hoje inspiram qualquer moçambicano que aspira ver o país a caminhar rumo a um desenvolvimento equilibrado.

Para aquele académico, a grandeza de Samora, um dos próceres da nossa moçambicanidade, o pastor de Xilembene, o pastor da guerrilha, o proclamador da independência nacional, o pastor do povo que foi, pode e deve ser falado por todos, pois que, em vida, ele sempre ensinou ao seu povo a cultura de trabalho e amor ao próximo para a definição da identidade moçambicana.

Porque, segundo o orador, para além de assumir o papel libertador, considerava a educação como sendo, também, um acto político, razão pel a q ual sempre def end eu descomprometidamente que a educação deve incutir-nos uma personalidade genuinamente moçambicana, isenta de subserviência, e a assumpção da nossa realidade intrínseca.

Observou-nos que, no contacto com o mundo exterior, devemos assimilar criticamente as ideias e experiências dos outros povos, transmitindo-lhes, também, o fruto da nossa reflexão e prática.

De referir que os presentes ao evento foram unânimes em enaltecer o legado de Samora Machel, desaprovando o actual estágio do sistema educativo em Moçambique, sustentando que existe uma incoerência entre os discursos políticos e aquilo que se pratica, o que compromete, sobremaneira, a qualidade de ensino.

Aliás, um dos interlocutores foi peremptório ao afirmar que o sistema educativo nacional não oferece condições para aprendizagem, motivo pelo qual a elite moçambicana prefere mandar os seus educandos para fora do país. Os que têm dinheiro desprezam as nossas escolas porque, na verdade, elas não espelham aquilo que a sociedade anseia. Disse.

Refira-se que a Universidade Pedagógica é uma instituição pública de ensino vocacionada à formação de professores e quadros de educação com nível superior, dotando-os de instrumentos científicos e pedagógicodidáctico que lhes permitam ministrar um ensino de elevada qualidade no respectivo sector, que Samora Moisés Machel considerava base segura para o povo tomar o seu poder.

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