Há anos que a Organização da Mulher Moçambicana, OMM, no distrito de Maganja da Costa, Província da Zambézia, vem funcionando em instalações emprestadas.
Tudo porque aquela organização partidária, não possui sede própria. Para o efeito, o Comité Distrital do partido Frelimo teve que ceder um espaço dentro das suas instalações para que aquela organização pudesse exercer as suas actividades.
Segundo a Secretária distrital daquela organização, Antónia Armando Alfredo, em causa está a falta de identificação de um espaço para poderem erguer sua sede.
Maganja da Costa é um distrito que pelas suas características apresenta-se com muitos locais abandonados e ruínas que o governo não tem capacidades de gerir.
Mesmo assim, não está sendo fácil ocupá-los seja quem for. Num passado não muito distante, a OMM na Maganja da Costa, realizou uma Gala Beneficiante, por sinal a primeira para arrecadar fundos, onde durante a realização do evento foi possível colectar mais de Dez mil meticais cuja uma parte do valor pretende-se canalizar no fabrico de blocos para construir o tal edifício em causa com espaço ainda por identificar.
“Todos espaços dizem que estão ocupados” – revela secretária da organização
A nossa equipa de Reportagem questionou a Secretária distrital da OMM naquela parcela do país sobre as reais causas que até então não dificultam na identificação de um espaço para construir sua sede distrital, esta não deu muitas fintas tendo dito que “com o dinheiro que temos pretendemos construir nossas instalações para deixarmos de ser dependentes só que o problema é de falta de espaço para construir ou nos alojar”, explicou Antónia Alfredo.
No decurso da nossa entrevista a nossa interlocutora foi mais longe ao afirmar que “quando identificamos um espaço qualquer seja ruína ou mesmo um talhão que se encontra abandonado, dizem que têm dono, ou seja, alguém vem a dizer é meu, é meu… dai recuamos”, desabafou.
Estes donos, segundo nos fez saber a fonte só aparecem depois de elas identificarem o local e não se sabe ao certo se os mesmos são ou não legítimos proprietários. Mesmo assim, a fonte assegurou que ainda neste ano a sede vai ser construída porque estão a envidar esforços com o governo de Gonzaga no sentido de minimizar este triste cenário.
“Do bem ou ao mal vamos conseguir um espaço e não pode ser longe da vila. Porque se fosse o caso já teríamos, isso é o principal nosso desafio”, concluiu.
Conforme temos vindo a constatar no local é que das tantas ruínas que o distrito possui, algumas delas já num estado avançado de degradação, não tem merecido qualquer acompanhamento do governo local (reabilitação ou pintura) como se não tivessem capacidades. Pior, é que algumas ruínas que dão um aspecto desagradável a vila pertencem ao governo do distrito como.
Aqui destaca-se o antigo palácio que actualmente se transformou em residência de serpentes. Tudo isso, acontece nas “barbas” do administrador do distrito, Virgílio Hilário Gonzaga, porque afinal de contas o antigo palácio localiza-se há dez metros do seu escritório e a vinte da sua residência.