Após a descoberta de pelos menos 25 campos de soruma, correspondendo a uma área de 200 hectares , e incineração de 26 toneladas desta droga em Calombolombo, em Guro, Manica, a Polícia não fez nenhuma detenção dos produtores suspeitos de envolvimento nessa actividade tida como ilegal.
O jornal Diário de Moçambique soube que tal se deve ao facto de que o encarceramento abrangeria parte significativa, embora não especificada, da população de Calombolombo, que cultiva e vende soruma.
A administradora distrital local, Deolinda Bengula, afirmou que ao se efectuar detenções significaria a recolha de parte significativa da população da região de Calombolombo para a cadeia.
Presentemente, de acordo com a fonte, que falava num contacto telefónico com a nossa Reportagem, decorrem actividades de sensibilização para que as pessoas não voltem a praticar o cultivo da soruma, dando atenção às culturas alimentares.
Conforme apurou o jornal Diário de Moçambique, a população tinha a soruma como fonte de receita, sendo o vizinho Zimbabwe o seu mercado preferencial. Outros compradores eram provenientes da África do Sul.
A administradora de Guro afirmou que se houver reincidência, os praticantes serão levados ao tribunal. As medidas de sensibilização com vista a desencorajar a prática estão a ser desenvolvidas simultaneamente com o processo de distribuição de sementes agrícola, particularmente de hortículas.
Pretende-se com esta iniciativa governamental, garantir a produção de culturas alimentares e que a população abandone por completo o cultivo da soruma. Estas sementes devem ser lançadas ao longo do vale do Rio Luenha, que esteve a ser usado para a produção da droga.
Dados apontam para a incineração, até aqui, de vinte e seis toneladas de soruma. Informações colhidas no local, no início das operações de desmantelamento incineração, indicam que a produção ocorria numa área avaliada em 200 hectares. Estas operações tiveram início nos meados do mês em curso.
Nove hectares correspondem a área, presentemente, destruída. As autoridades do distrito vão proceder à destruição de de 6.5 hectares e as plantas serão igualmente incineradas.
A remoção das plantas e sua incineração, ainda conforme a fonte, conta com a ajuda dos próprios produtores. As terras usadas para a produção da soruma, devem estar preenchidas de culturas alimentares.
É neste sentido que Deolinga Bengula assegura que a produção de alimentos, no local, vai contar com um acompanhamento permanente do Governo, para evitar que se retorne ao cultivo da soruma.