Alguns representantes da sociedade civil, ao nível da região norte de Moçambique, consideram que os elevados níveis de exploração da madeira, quando não acompanhada do devido reflorestamento e de maneio sustentável das plantas, concorrem para elevadas taxas de desmatamento florestal no país.
Esta posição foi defendida à margem do curso de formação sobre a redução das emissões de gases por desmatamento e degradação florestal que decorreu, semana passada, na capital provincial de Nampula.
Em entrevista à nossa reportagem, os representantes da sociedade civil defenderam a necessidade da intensificação das actividades de fiscalização e criação de um plano de avaliação das empresas madereiras.
E sublinharam que o reflorestamento direccionado apenas às reservas florestais não cobre as lacunas resultantes da exploração massiva da madeira extraída no nosso país para supostamente abastecer o mercado externo.
Batone Eduardo, da Rede das Organizações para Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (ROADS), disse que vai promover um encontro de capacitação dos seus colegas e uma reestruturação das equipas de trabalho, com vista a consolidar os conhecimentos adquiridos naquela formação.
Niassa foi considerada a província com menos casos de desmatamento. De acordo com Batone, o reduzido número de habitantes existente naquele ponto do país e a aderência das mensagens de apelo por parte das comunidades contribui para o alcance dos referidos resultados.