O projecto de transformação do Fundo de Fomento de Habitação (FFH) em banco virado para a área imobiliária foi abandonado, devendo aquela instituição continuar a funcionar nos moldes de sempre.
O projecto vinha sendo analisado desde 2008 e, neste contexto, o Governo decidiu, durante a 38ª sessão do Conselho de Ministros, realizada a 26 de Outubro do ano passado, extinguir o FFH.
A transformação do FFH em banco tinha como objectivo responder aos actuais desafios que se impõem, dada a sua incapacidade de assumir simultaneamente o papel de promotor e empreiteiro, bem como reforçar-se a capacidade para financiar programas habitacionais promovidos pelo Governo a vários níveis.
Rui Costa, presidente do Conselho de Administração daquela instituição, citado pela Rádio Moçambique (RM), estação pública, garantiu que o FFH já não será transformado em banco de fomento à habitação.
Costa explicou que a recente mudança de planos deu-se após alguns estudos realizados terem chamado atenção para o facto de que com uma possível transformação em banco o Fundo de Fomento da Habitação perderia o seu lado social, ficando apenas com a componente empresarial.
Entretanto, o presidente salientou que a continuidade do fundo não veda a criação de um banco exclusivamente virado para o fomento da habitação no país.
O FFH foi criado em 1995 com as funções de financiar a área de habitação no país, mas ao longo do tempo foi-se revelando incapaz de cumprir o propósito para o qual foi criado, cenário que Rui Costa garante ter chegado ao fim.
A efectivar-se o projecto de construção de cinco mil casas em dois anos no Intaka, provincia de Maputo, será o primeiro indicativo de mudança pretendida no funcionamento do FFH.