A campanha nacional de vacinação contra o sarampo realizada na última semana do mês de Maio do presente ano em Moçambique foi um sucesso, segundo as autoridades sanitárias.
Numa conferência de imprensa convocada para apresentar os resultados da campanha, o Director Nacional Adjunto de Saúde Pública, Leonardo Chavane, disse que foram abrangidas aproximadamente quatro milhões de crianças, o que representa uma realização acima do planificado.
As autoridades sanitárias previam abranger cerca de 3,6 milhões de crianças com idades compreendidas entre um e cinco anos, com o objectivo de garantir que as crianças cresçam saudáveis com energia e força suficientes para enfrentarem os desafios que lhes esperam no futuro.
Segundo Chavane, a província de Nampula, Norte de Moçambique, que iniciou a campanha uma semana depois do arranque da mesma em todo o país superou, igualmente, as metas.
“Nampula teve resultados melhores que os anos anteriores. Nós decidimos cancelar o início da campanha para nos organizarmos melhor. Das 742.888 crianças previstas, foram abrangidas 800.612”, frisou a fonte.
Chavane garantiu que houve poucos casos de resistência a campanha de vacinação, tendo o caso mais grave se registado em Manica, Centro do pais, protagonizado pelos crentes de uma seita religiosa denominada “Johan Marangue”.
“Temos registado cada vez mais participação nas campanhas de vacinação. As comunidades já assumem a vacinação como uma questão prioritária. Não tivemos casos de resistência de grande mote, excepto na comunidade de Johan Marangue que impediu os seus crentes de aderirem a campanha”, afirmou Leonardo Chavane.
“Mas estamos a trabalhar para ter mais pessoas vacinadas, sobretudo em Manica, onde ainda existe alguma resistência por razoes religiosas”, acrescentou.
Por seu turno, o Ministro moçambicano da Saúde, Alexandre Manguele, presente na conferência de imprensa, enalteceu o papel dos funcionários da saúde pelo seu empenho para que a campanha tivesse bons resultados, bem como dos diversos parceiros que prestaram apoio financeiro e logístico.
Segundo Manguele, foram mobilizadas 1.900 equipas em todo o país, compostas por entre cinco e seis membros cada, perfazendo cerca de 10 mil profissionais de saúde envolvidos.
Por sua vez, os parceiros do Governo que apoiaram a campanha, nomeadamente o Canadá e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), saudaram o governo pelos resultados alcançados e se disponibilizaram a continuar a faze-lo.
A campanha, que também incluiu a suplementação com a vitamina A e a desparasitação, e que durou cinco dias, custou cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos.