O Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), uma nova formação politica originária das províncias nortenhas de Cabo-Delgado, Nampula e Niassa, vai participar nas eleições autárquicas de 2013 e gerais de 2014, com o propósito de contribuir na redução das assimetrias sócio-económicas ainda latentes entre o norte, centro e sul do país.
Esta intenção foi manifestada, sábado último, por Cornélio Quivela, líder daquele partido, à margem da cerimónia oficial do içar da bandeira do PAHUMO, que marcou o início das actividades políticas depois da sua aprovação pelo Ministério da Justiça.
Entrevistado pela nossa reportagem na cidade de Nampula, Quivela, antigo deputado da Assembleia da República e delegado provincial da Renamo em Cabo-Delgado, afirmou que o PAHUMO deixou já de ser um projecto, passando a constituir “uma alternativa democrática no país”.
De acordo com aquele político, o seu partido guia-se pelos princípios de liberdade de expressão, paz e espírito humanitário, sendo a pessoa humana o centro das suas atenções.
O PAHUMO torna-se assim na segunda força política instituída a partir do norte, depois do extinto PAMOMO, cujo projecto se considera falhado devido às clivagens internas originadas pela disputa de poder na direcção do partido.
Face a este cenário, o Wamphula Fax questionou ao presidente do Pahumo sobre a estratégia política a ser traçada de modo a tornar-se num verdadeiro partido das massas.
‘Nós não fomos induzidos por quem quer que seja para nos contituirmos em partido e nem nos inspiramos em tentativas fracassadas. Temos longa experiência politica e conhecemos a realidade do país’. Disse Quivela que, igualmente, deu a conhecer a instalação de representações do partido a todos os níveis, uma medida que visa, segundo suas palavras, a viabilização das acções daquela formação politica no território nacional.
Refira-se que o partido PAHUMO foi criado em Junho do ano passado e aprovado pelo governo em princípios deste ano. O acto oficial do seu lançamento teve lugar em 15 de Abril na cidade de Maputo, numa cerimónia que contou com a presença dos membros da Comissão Politica, do Conselho Nacional e quadros do partido da região sul do país.