Mais um exemplo ilustrativo de que às vezes os agentes económicos optam pelo informal e o ilegal em substituição do recomendado e do que se comprometeram a cumprir. A gerência do estabelecimento comercial “China Shop”, localizado na Avenida Fernão Magalhães, na baixa da cidade de Maputo, está nos últimos tempos a operar a venda de esquina, o que se traduz em retirarem parte dos produtos da loja e vender em bancas defronte da loja.
O espectáculo não é para menos. Os vendedores instalados do lado de fora da loja passam o dia a gritar, numa tentativa de atracção da clientela, tendo para tal já apreendido algumas palavras da língua local.
Só para ilustrar a parceria entre a gerência do estabelecimento e os vendedores do lado de fora, a montra do “China Shop” serve actualmente como estendal dos produtos comercializados nas bancas no seu exterior, para além de que as bancas chegam mesmo a obstruir a entrada da loja.
Dado o ritmo acelerado das vendas na via pública comparativamente à loja, de tempos em tempos, os “ambulantes”, também de nacionalidade asiática, entram no estabelecimento e retiram mais produtos para reforçar as bancas.
Naquele ponto, os cidadãos encontram tudo que a loja oferece, não havendo mais a necessidade de entrarem no estabelecimento, onde se efectiva o comércio formal e alvo de impostos que garantem ao Estado o pagamento dos serviços públicos necessários.
Contudo, tanto os vendedores de lado de fora como os de dentro do “China Shop” negaram qualquer conivência entre eles quando abordados pela nossa Reportagem sobre o fenómeno.
Entretanto, as autoridades da capital do país já tinham avançado a hipótese de alguns vendedores de esquina estarem ao serviço de lojistas, mas o cenário ainda não tinha atingido os níveis daquele estabelecimento. Notícias