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Aires Aly espelha esforços de moçambique na luta contra o HIV/SIDA

O Primeiro- Ministro moçambicano, Dr. Aires Aly, espelhou hoje, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, os esforços empreendidos por Moçambique nos últimos anos na luta contra a proliferação do vírus do HIV que causa a doença do SIDA, destacando o seu último Plano Estratégico de quatro anos, cuja implementação iniciou no ano passado e estende-se até 2014.

O seu discurso teve muitas semelhanças com o do Secretário-geral da ONU, que marcou o começo desta reunião em participam mais de 30 chefes de Estado e de Governo ou seus representantes. O encontro inclui plenárias oficiais, cinco sessões de painel e 40 eventos paralelos individuais.

No último dia desta reunião de Alto Nível sobre a SIDA que termina sexta-feira, e que conta com a presença de mais de 3.000 participantes, os Estados-Membros da ONU deverão adoptar uma declaração que irá guiar o país ao longo dos próximos cinco anos. Neste encontro Moçambique é representado por uma delegação chefiada por Aires Aly, que destacou que comparativamente há 30 anos após a descoberta do HIV, os moçambicanos sentem que esta doença já deixou de ser uma sentença de morte porque o tratamento antiretroviral está beneficiando um número crescente entre os pouco mais de 1,5 milhões de pessoas que vivem com este vírus no seu organismo. Vincou que neste encontro de Nova Iorque será uma oportunidade para fazer um balanço dos avanços e desafios registados nos últimos 30 anos, e elaborar uma resposta mais adequada ao SIDA no futuro, refere um resumo da sua intervenção contido no site da Internet das Nações Unidas a que a AIM teve acesso a partir de Maputo.

Este encontro de Alto Nível sobre a SIDA ocorre 10 anos depois da reunião de 2001, que então foi rotulada como sendo uma sessão histórica das Nações Unidas. Depois da de 2001, seguiu-se a assinatura em 2006, da Declaração Política, onde cerca de 200 países membros das Nações Unidas se comprometeram a avançar no sentido garantir o acesso universal à prevenção, tratamento antiretroviral, cuidados e apoio.

Aires Aly destacou na sua intervenção que Moçambique guia-se pela Proclamação Presidencial, lançada em Fevereiro de 2006 pelo Presidente Armando Guebuza, e que deu lugar a um reforço dos esforços nacionais realizados por várias partes interessadas em todo o país para combater a epidemia. Vincou que graças a uma estratégia nacional coerente e um forte apoio dos parceiros bilaterais e multilaterais, Moçambique conseguiu atingir níveis elevados de prestação e proximidade de serviços, nomeadamente no aumento ao acesso à terapia antiretroviral, incluindo para as crianças de zero a 15 anos e na prevenção de transmissão vertical. Revelou também foi realizado em 2009 em todo o país um levantamento sobre a abrangência primária nacional, findo o qual apurou-se que as mulheres e as raparigas são mais vulneráveis à infecção pelo HIV. Destacou que nos últimos anos, os esforços nacionais centraram-se como enfoque o combate ao estigma, desigualdade do género e violência contra o chamado sexo fraco.

Além disso, Moçambique está fortemente empenhado em eliminar a transmissão mãe para filho até 2015 através de um plano de acção nacional robusto. Integrar o HIV/SIDA e outros serviços de saúde mostraram-se benéficos tanto em termos de melhor acesso ao tratamento do HIV, bem como aos cuidados relacionados com a tuberculose e outros serviços de saúde. Ressaltou a importância do papel dos serviços sociais, educação, juventude e no sector agrícola na prevenção do HIV e mitigar o impacto negativo da SIDA. A prevenção deve estar na vanguarda das estratégias nacionais para combater a epidemia. Os baixos níveis de uso de preservativos e testes de HIV foram, segundo Aires Aly, os obstáculos que devem ser abordados com urgência. A viabilidade de promover a circuncisão masculina também deve ser encarado com maior seriedade.

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