A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) apreendeu, na madrugada de segunda-feira, perto de 700 caixas de cigarros contrabandeados, cujos prejuízos ao Estado estão avaliados em cerca de dois milhões de meticais, cerca de 68,4 mil dólares americanos.
Trata-se de cigarros da marca Kingdom e Pacific, de fabrico zimbabweano e sul-africano, que na altura da sua apreensão se encontravam em dois camiões, um dos quais com mais de 400 caixas e o outro com um total de 238 caixas deste produto.
A mercadoria em causa é proveniente do Zimbabwe e foi introduzida ao país através da fronteira com o distrito de Chicualacuala, província meridional de Gaza, onde acabou sendo neutralizada quando se encontrava em dois camiões.
“Supõe-se que este produto estava sendo introduzido ao país sem o pagamento dos direitos. Estava na rota do contrabando”, disse Daúde Daia, director de Comunicação e Imagem da AT, falando a jornalistas durante a apresentação desta mercadoria.
Segundo Daia, geralmente, os cigarros que entram ao país de forma ilegal são depois comercializados no mercado nacional. Apesar de ser ainda prematuro quantificar a totalidade dos prejuízos causados ao Estado, uma avaliação preliminar estima em pouco mais de dois milhões de meticais o nível das perdas em direitos fiscais, sem incluir multas.
“É esse o valor que vai ser recuperado com a venda deste produto”, disse a fonte, acrescentando que os camiões apreendidos também serão vendidos em hasta pública.
Em contacto com jornalistas, um dos condutores dos camiões apreendidos explicou que, apesar de ser proveniente do Zimbabwe, a mercadoria em causa não foi apreendida na fronteira, mas sim já na residência de um comerciante de Chicualacuala.
“Eu fui contratado para transportar o produto a partir de uma casa para a garagem de um comerciante de Chicualacuala”, disse o condutor.