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MDM afina máquina para próximos pleitos eleitorais

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, apelou aos seus apoiantes para trabalharem com o sentido de pararem as situações de “decadência moral e social” no país. Pediu ainda que se procure reverter a situação através da promoção da integração e se recuse a fragmentação que segundo ele “apenas satisfaz interesses individuais”.

Segundo escreve o jornal Canalmoz, o Presidente do MDM falava, sábado último, em Pemba, na abertura, da IV sessão ordinária do Conselho Nacional do MDM, que se prevê termine na manhã desta segunda-feira.

O secretário-geral demissionário do MDM, Ismael Mussa, e João Colaço, não foram a Pemba participar nesta sessão do Conselho Nacional do partido liderado por Daviz Simango. Mas um dos elementos do grupo que recentemente subscreveu uma carta ao presidente do Partido com o ex-SG e outros, está na capital de Cabo Delgado a participar neste encontro do mais importante órgão do MDM entre dois congressos. Henriques Tembe pronunciou-se no evento para apelar à “coesão” no MDM. Esclareceu que retira as afirmações no que tange às acusações de nepotismo e acumulação de poderes que o grupo demissionário imputava a Daviz Simango, ressalvando que a sua adesão ao grupo demissionário tinha que ver estritamente com o funcionamento do partido ao nível da cidade de Maputo.

De acordo com o Canalmoz, que cita o líder do MDM, Ismael Mussá, o ex-SG, e João Colaço, do Gabinete de Estudos, ambos demissionários foram convidados para estarem neste Conselho Nacional mas não só não apareceram como não justificaram a sua ausência. O secretário-geral demissionário, Ismael Mussá, foi convidado, segundo Daviz Simango, como membro do Conselho Nacional. Estão a participar o presidente do Conselho Nacional, membros do Conselho Nacional, membros da Comissão Politica Nacional, membros do Secretariado Geral, membros do Conselho Nacional de Jurisdição, o director do Gabinete Eleitoral, o presidente da Liga Nacional da Juventude, e a Coordenadora Nacional da Liga da Mulher. “Ismael Mussá foi convidado através do partido e também pelo chefe da bancada parlamentar do MDM, Lutero Simango”. Por seu turno, Lutero Simango confirmou ter convidado todos os parlamentares do partido, sendo que o convite vinculava os deputados, os quais deveriam custear a sua deslocação para Pemba.

O presidente do partido, Daviz Simango, segundo o jornal Canalmoz, referiu que esta sessão do Conselho Nacional tem a missão de “analisar e deliberar sobre importantes matérias que serão a base de preparação do Partido para a participação plena, de forma organizada, programada e prevenida nas próximas eleições municipais e posteriormente Legislativas e presidenciais de forma a se conquistar o maior número de municípios, melhorando-se assim a qualidade de vida, dos nossos concidadãos residentes neste País”. Foi ainda referido que “um dos pontos básicos do evento é a definição de estratégias claras para a sensibilização das populações para se recensearem, de forma a terem cartão de recenseamento eleitoral, elemento fundamental para a mudança, assim como estratégias para persuadir cada vez maior número de jovens para ingressarem no MDM”.

Simango disse no seu discurso de abertura que a escolha de Cabo Delgado para realização do evento deveu-se ao reconhecimento do seu grande valor histórico, marcado pelos determinantes acontecimentos de resistência contra a dominação colonial e pelo facto de não existir memória de aqui ter havido acontecimento do género de qualquer outra formação política e do governo do dia”.

De acordo com Daviz Simango o MDM hoje “tem representação em todas províncias, em quase a totalidade dos distritos e na grande maioria dos postos administrativos e localidades do país”. “Em certas partes e zonas do país somos o único partido da oposição em plena actividade politica”, acrescentou. “Com apenas 6 meses de actividade política conseguimos uma bancada com 8 deputados na Assembleia da República e 24 membros nas Assembleias Provinciais”apesar “da exclusão que nos foi imposta”. “Hoje, os nossos desafios são outros: temos que instalar o partido em todas unidades territoriais onde ainda não existe, estruturar ou reestruturar onde isso se exija, realizar acções de mobilização para o ingresso de mais membros no partido, construção de edifícios próprios para o funcionamento do partido, intensificação do trabalho político organizacional nos territórios municipais. Isto tudo deve ser feito, no meio das capacidades e dificuldades que dia a dia atravessamos, pois temos que transformar os obstáculos em desafios a vencer, conquistar territórios onde possamos contribuir com o exemplo da nossa capacidade governativa”. “As oportunidades vem ai nas eleições municipais de 2013, entre outras”, sustentou o presidente do MDM.

De acordo com o Canalmoz, Daviz Simango instou aos seus correligionários a continuarem “a defender e a lutar pelos princípios fundamentais como a promoção da liberdade e direitos individuais, a democracia e os direitos humanos, o Estado de Direito, a Justiça e a Igualdade, o respeito pelas instituições nacionais fortes e transparentes assim como a promoção das eleições livres e justas, acrescidas de uma liberdade de imprensa e imparcialidade na informação, bem como a responsabilidade do governo perante os concidadãos”.

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