O Conselho Municipal da Beira (CMB) tem vindo nos últimos dias a recolher os baldes e outros instrumentos usados por cidadãos que se dedicam à lavagem de viaturas nas vias públicas. Até ao dia 22 do mês corrente, o sector de fiscalização da edilidade havia recolhido pelo menos 33 baldes, sendo cinco de alumínio e os restantes de plástico, sob a alegação de que a actividade é ilegal, de acordo com o número 18 do Artigo 21 do Código de Postura, que “proíbe a lavagem de automóveis e outros veículos, mesmo reparações e outras actividades afins nas vias públicas”.
Ali Malua, chefe de fiscalização no município, disse em entrevista ao jornal Diário de Moçambique que “se os lavadores de carros pretendem exercer legalmente a actividade, devem fazer um requerimento ao presidente do Conselho Municipal e solicitar autorização. O documento merecerá a apreciação devida e se o presidente achar que deve autorizar aí sim, eles serão licenciados e deverão pagar as respectivas taxas e impostos, o que não acontece hoje, visto que estão a trabalhar ilegalmente”.
A Reportagem do Diário de Moçambique saiu à rua e entrevistou alguns cidadãos que se dedicam à actividade de lavagem de viaturas na via pública. Eles disseram-nos que fazem-no como meio de ganhar a vida e sustentar suas famílas e apesar de verem todos os dias os seus utensílios de trabalho recolhidos pelo CMB garantiram que não iriam desistir “porque não temos outra forma de alimentar nossas famílias”.