A onda de criminalidade na cidade de Quelimane tem vindo a tomar contornos alarmantes, mesmo que as autoridades estejam a minimizar o problema. Os bairros vivem num autêntico clima de medo e de insegurança. Pouco a pouco, os amigos do alheio vão tomando conta da vida dos cidadãos indefesos.
Nos bairros há relatos, todos dias, de casas arrombadas, pessoas que ficam despojadas dos seus bens, enfim, um cenário triste, mas que a resposta policial não tem sido daquelas que se esperava.
E para provar ainda mais que o crime não é mentira em Quelimane, os amigos do alheio, visitaram na noite do sábado a escola Secundária Geral Eduardo Mondlane, arredores de Quelimane.
Ali, os malfeitores roubaram dois computadores e a todo custo procuravam o cofre onde se guardam valores monetários. Mas foi em vão. Não tendo encontrado o principal alvo, levaram outro material de escritório que garantia o funcionamento daquela escola.
Relatos colhidos pelo guarda da escola, dão conta que quando este se apercebeu de um movimento pouco comum, pegou no seu telemóvel e ligou para o director da escola para lhe informar o que estava acontecendo. Foi em vão, porque o director estava no chamado “quinto sono”, nem sequer sentiu o telemóvel a chamar.
População do Acordo de Lusaka mata suposto ladrão
Se os malfeitores tomaram conta no sábado da escola Eduardo Mondlane e provavelmente outras casas que não tivemos registo, no bairro Acordos de Lusaka, também arredores da cidade de Quelimane, a população não viu outra saída quando se apercebeu de que havia um indivíduo dentro da residência de um dos moradores daquele bairro.
Enfurecidos, os moradores de Acordos de Lusaka, nem sequer pensaram duas vezes, lançaram as mãos ao indivíduo e com apoio de paus e outro tipo de objectos, tiraram a vida do suposto ladrão. O corpo deste indivíduo ficou no local até por volta das 13horas deste domingo, e ninguém o reconhecia.
Os moradores dizem que a vida torna cada vez mais difícil e não vê o trabalho da polícia, dai que vê isso como solução. Alguns reconhecem que não é justo fazer pelas próprias mãos, mas todos são unânimes ao afirmarem que a polícia não está a fazer o seu trabalho.