A amêndoa de castanha de caju processada ao nível nacional é, em termos de qualidade muito superior ao padrão de muitos dos principais países produtores e processadores daquela cultura.
Contudo segundo Mahomed Yunuss presidente da associação dos industriais do caju AICAJU, os apoios que estão sendo canalizados pelo governo e pela associação africana do caju ACA devem ser capitalizados no sentido do reforço da semi mecanização processo em curso para o incremento da capacidade de processamento.
Ao nível mundial destacam-se 32 países sobretudo da África e Ásia como líderes da produção de castanha de caju mas segundo Mahomed Yunuss o esforço empreendido pelo governo através do instituto de fomento do caju INCAJU no sentido de melhorar não só a produtividade mas também da qualidade da amêndoa está a surtir efeitos positivos que catapultam o país a um patamar mais elevado.
O nosso entrevistado mostrou-se muito optimista quanto ao incremento dos níveis de processamento industrial interno situados neste momento em cerca de 30 mil toneladas de castanha de caju que corresponde a aproximadamente seis mil toneladas de amêndoa que se destinam exclusivamente a exportação sendo uma pequena quota consumida localmente através do sector do turismo. Referiu, alias, que o apoio que o governo e a ACA vêm prestando a AICAJU visa essencialmente fazer com que os membros daquela agremiação redobrem os seus índices de processamento de forma a absorver a curto prazo a produção nacional de castanha de caju cujas estatísticas estimam em cerca de 200 mil toneladas mas que o Incaju refere pouco mais de metade daquelas quantidades devido a dificuldades de contabilização efectiva dos resultados por parte daquela instituição de fomento da cultura.
Apesar de ser um dos três maiores produtores mundiais de castanha o país não tem referências no mercado de amêndoa de caju devido essencialmente aos baixos índices de processamento ate aqui registados. Para inversão da situação que deve ser tomada como um desafio a ser vencido a curto prazo deve-se adoptar uma estratégia que preconiza a presença da amêndoa nacional no mercado internacional a coberto de entregas regulares.
De acordo com o presidente da AICAJU o convívio com um certo produto é um elemento catalisador a sua compra e para aumentar os níveis de disponibilidade o reforço da capacidade interna de processamento com recurso a mecanização é uma saída airosa. A mecanização no processamento da castanha de caju que está sendo seguida por cinco dos 23 associados da AICAJU não pode ser vista como um factor que vai concorrer para a redução da mão-de-obra actualmente empregue no subsector. Pelo contrário temos que ver que os índices de produção de castanha tem estado a subir a medida do controlo da produção o que pressupõe o alargamento da base de oportunidade de trabalho para milhares de famílias – disse Mahomed Yunuss.