O vice-presidente e economista-chefe do Banco Mundial, Justin Lin, lança, esta quarta-feira, em Maputo, um relatório da sua instituição sobre a Competitividade da Indústria Ligeira Manufactureira Africana.
O documento vai mostrar como os governos africanos podem criar uma indústria transformadora ligeira com base em experiências da industrialização no mundo, onde, por exemplo, o Ocidente levou 200 anos para inovar e industrializar, contra 100 anos levados pelo Japão e 40 anos para a industrialização da Ásia Oriental.
O documento explica que a China e Índia aproveitaram a vantagem de baixos salários para estimular o crescimento acelerado com base em indústrias transformadoras e de serviços intensivos em mão-de-obra.
“Enquanto os salários sobem nos dragões asiáticos, o que podem fazer os governos dos países de rendimento baixo para alcançar tal sucesso e fazer o catch up?”, indaga o documento do Banco Mundial a ser apresentado esta quarta-feira, em Maputo, por ocasião da visita do vice-presidente da instituição, a convite da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
Refira-se, entretanto, que aquela instituição já financiou em Moçambique 52 projectos de desenvolvimento socioeconómico avaliados em cerca de 2816 milhões de dólares, dos quais 20 estão activos, tendo os restantes terminado já a fase de execução.