Uma universidade sem aval do governo moçambicano começa a funcionar no próximo dia 1 de Junho, na cidade de Nampula, com cerca de 200 estudantes distribuidos nos cursos de Teologia, Filosofia, Administração e Gestão Empresarial, disse ao Wamphula fax fonte daquela instituiçao.
Denominada por Universidade Nampula Moçambique (UNM), a nova instituição tem os seus escritórios montados na sede da delegação provincial do Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) onde, desde o passado dia 15 de Fevereiro, tem vindo a efectuar as inscrições dos candidatos.
Em contacto com a nossa reportagem, Gabriel Domingos, director da faculdade de Teologia e Ciências Sociais, confirmou o arrendamento do imóvel do partido, mas Isidro Ali Assane, presidente da Comissão política provincial do PDD, nega, afirmando que o espaço foi cedido gratuitamente por um período de 60 dias.
Ele é membro do nosso partido e pediu a cedência provisória das instalações por um período de 60 dias. Disse, anotando que as actividades políticas do PDD, incluindo as reuniões semanais, decorrem normalmente.
Embora não tenha autorização ministerial para o exercício da actividade, a UNM está já a efectuar as inscriçoes para o ingresso aos cursos supracitados. Cujas matriculas foram estabelecidas em três mil e cinquenta meticais, enquanto as propinas serão pagas ao valor de dois mil meticais.
Gabriel Domingos afirmou ter contratado 56 docentes, com o grau de licenciatura para ministrarem as aulas que, nesta primeira fase, irão funcionar numa das salas arrendadas.
E revelou que a institução, propriedade de cidadãos sulafricanos, existe há cerca de três anos, tendo em 2010 inscrito um número considerável de candidatos que, entretanto, não chegaram a estudar, alegadamente porque o antigo director, de nacionalidade congolesa, abandonou o país, depois de burlar mais de 100 candidatos.
Tratando-se de uma situação, cuja gestão ultrapassa as competências provinciais, o inspector-chefe provincial, Cipriano Albino, em ofício datado de 6 de Setembro de 2010, aconselhou à UNM a criação de condições humanas e materiais para que o seu funcionamento seja devidamente legalizado pelas entidades competentes.